domingo, 29 de setembro de 2013

Profundamente Minha: Capítulo 3 — Mente doentia (Bônus)

Olá pessoas! Como prometido o capítulo bônus. Já aviso que ele é bem forte. Vocês conhecerão um pouco mais da mente doentia de Nathan Barker. Eu não posso dedicar esse capítulo ao meu sobrinho Arthur por causa do conteúdo, mas ele foi responsável pelo meu surto psicopata de escrever! Boa leitura! 
 "A vingança comprimida aumenta em violência e intensidade".
— Marquês de Maricá

Narrador

Nathan chegou ao seu quarto furioso com a petulância de Gideon Cross. Quem aquele playboy engomadinho pensava que era? Com aquele ar prepotente, de quem manda e desmanda nas pessoas. Uma coisa tinha que admitir: se os seguranças não tivessem chegado a tempo, provavelmente estaria morto. Cross estava completamente fora de si e seu ataque deixou sequelas. Foi até o espelho do banheiro e se encarou. O corte no supercílio foi superficial. Sua bochecha estava arroxeada e bastante inchada. Seu nariz, que já fora quebrado pelo seu pai, se encontrava novamente na mesma situação, porém mais inchado e o sangue não parava de jorrar. O sujeito forte fez um estrago dos grandes! Fechando bem os olhos e mordendo a toalha de mãos que estava pendurada no gancho perto da pia, ele voltou o nariz para o lugar, soltando um grito abafado. Ficou parado por alguns instantes e em seguida cuspiu a toalha. Foi até o frigobar e de lá tirou uma compressa de gelo e a colocou sobre o rosto ferido. Sentou-se na cama e começou a refletir.
Ele achou que seria fácil pressionar alguém como Cross, mas estava errado. Não devia tê-lo subestimado. Teria que ser um pouco mais incisivo. Nathan tinha várias cópias das fotos que deixou com o magnata, assim como dos vídeos. Estava disposto a tudo. Pensou em enviar um DVD para ele. Talvez um filminho pornô protagonizado pela pequena Eva o incentivasse a cooperar. As fotos eram chocantes obviamente, mas um vídeo seria muito mais impactante. Poder ouvir os gritos de pavor daquela putinha gostosa enquanto ele metia com força naquele cuzinho apertado. Já sabia perfeitamente qual vídeo mandaria para Cross. Ele iria adorar.
Mas Nathan não se contentaria apenas com isso. Havia o dinheiro, mas também havia o fato de que precisava afastar os dois. Não poderia fazer o que planejava se Gideon estivesse sempre por perto. A forma como ele a defendera denunciara seu ponto mais fraco e é nisso que Nathan precisava investir.
Não poderia esquecer também da sua outra fonte de renda: Stanton. Esse sim estaria disposto a cooperar. Conhecendo Monica como conhecia, seu maridinho cederia fácil à chantagem, afinal a grã-fina detestava escândalos e fez de tudo para que o que havia acontecido entre ele e Eva não viesse a público. E com certeza Richard tinha algo a ver com isso. No dia seguinte o procuraria.
Levantou-se e foi até a gaveta da cômoda. De lá tirou um caderninho preto com todos os horários e lista de lugares que Eva costuma frequentar. Além disso, tinha informações sobre seu colega de apartamento Cary Taylor. No fundo, sabia que poderia precisar usá-lo caso seus planos não dessem certo. Já tinha tudo arquitetado em sua mente. Ele começou a folhear o livro repassando o que já sabia de cor. No meio da página, havia uma pequena mecha do cabelo de Eva amarrada a um barbante que lhe servia de marca página. Acariciou a mecha com os dedos e fechou os olhos, lembrando-se de como era bom puxar os cabelos de Eva enquanto a forçava a dar pra ele. Era uma sensação única tê-la de quatro a sua mercê. Adorava fazer com ela as coisas que aprendeu assistindo àqueles filmes.
Ele se recordou de quando entrara na casa anexa a mansão, onde os empregados ficavam. Era uma noite de sábado e todos haviam sido liberados. O pai saíra e mais uma vez o deixara com a babá, que sequer olhava para o garoto. Ele fora dar uma volta na propriedade e entrara naquela casa. Não havia ninguém a princípio. Estava tudo escuro. Mas uma luminosidade chamara sua atenção. Viera de um dos quartos. O menino fora se aproximando e, de repente, começara a ouvir ruídos estranhos. Sem fazer barulho, continuara andando, até chegar à porta entreaberta. E a cena à sua frente o estagnara. Vira um de seus motoristas se masturbando enquanto assistia a um filme pornô. Seu membro estava pra fora da calça e sua mão subia e descia numa velocidade impressionante. O garoto voltara seus olhos para a tela da TV e vira uma mulher chupando com vontade o pênis de um homem, soltava gemidos altos até que em um determinado momento ouvira o que parecia um rugido, vindo de seu motorista. Ele gozara. Nathan ficara paralisado diante daquilo. E achou um máximo. Sua mente tão jovem absorvera aquilo de forma natural e com uma rapidez assustadora. Quando vira que o motorista se mexia para se levantar, saíra rapidamente dali e fora direto para seu quarto.
Dias depois voltara ali, durante uma festa que o pai dera. Todos os funcionários estavam trabalhando. Entrara no quarto do motorista e começara a procurar os filmes. Encontrara algumas fitas dentro do armário e umas revistas também. Nathan sabia que ninguém suspeitaria dele e o motorista não iria sequer correr atrás de quem o roubara afinal isso poderia custar-lhe o emprego. Pegara tudo e voltara para o quarto.
E assim tudo começou.
Nathan balançou a cabeça para desanuviar a mente e voltou seu foco para o que realmente era importante: a grande vingança. A relação conflituosa de ódio e desejo que sentia por Eva lhe perturbava. Ele sentira prazer em feri-la. Ele ficara excitado com seu medo. Ele a dominara e a subjugara e ela não pudera revidar. Ele queria ver seu sofrimento não só porque seu temor o estimulava, mas também porque queria se vingar dela. Afinal Eva roubara toda a atenção que antes era dele. Além disso, trouxera consigo uma estranha que ocupou o lugar de sua doce e carinhosa mãe, que cuidara dele melhor do que ninguém, que era tudo o que ele precisava. E lhe tiraram seu pai, que lhe escorraçara de casa como um cão sarnento. Suas palavras ásperas nunca sairiam de sua cabeça:
“VOCÊ É REPULSIVO! EU TENHO NOJO DE SER SEU PAI! SORTE DA SUA MÃE JÁ ESTAR MORTA! ASSIM ELA NÃO TERIA O DESGOSTO DE VER O MONSTRO QUE VOCÊ É! SAIA DA MINHA CASA E NÃO OUSE MAIS VOLTAR, NUNCA MAIS! PARA MIM VOCÊ MORREU!”
Lágrimas quentes começam a descer pelo seu rosto. Ele se vingaria por tudo o que lhe fizeram. Por tudo que lhe tiraram.
Ele teria que fazer o seu pior, e com certeza o faria.

Tenham uma ótima semana e até a próxima!

Um comentário:

Unknown disse...

Nossa.... Nathan, sua bicha má.
Ps. Boa escritora, adorei!