sábado, 9 de agosto de 2014

Toda Minha: Capítulo 7 — Tentando outra vez

Oi gente, tudo bem? Desculpe a demora, mas essa semana foi minha colação de grau. Isso aí, eu formei e estou muito feliz!! :DPor isso, quase não tive tempo para postar ou revisar os capítulos, como eu havia prometido. Bem, aqui está, pelo menos, um deles!Espero que gostem! E obrigada, muito obrigada mesmo, pelos comentários! Responderei assim que puder!Boa leitura!


"Se você não comete erros, você não está realmente tentando".
- Coleman Hawkings 

E depois de idas e vindas, finalmente consegui uma nova oportunidade. Pela primeira vez em tanto tempo, me sinto feliz. Feliz de verdade! Só de imaginar que no andar logo abaixo do meu há uma mulher que me deseja tanto quanto eu a desejo e que ela é só minha, um sorriso ridículo surge em meus lábios. Meu rosto vai rachar a qualquer minuto. Faltam cinco minutos para as cinco e começo a me preparar para ir buscá-la. O dia passou voando e trabalhei como uma máquina. Não estou cansado nem estressado, até porque Eva não saiu da minha cabeça em momento algum. Durante uma reunião mais que entediante que tive na parte da tarde, fiquei relembrando nosso encontro no almoço.

FLASHBACK
Eu estava tão nervoso, e morrendo de medo de ser rejeitado. Era hora de abrir o coração; não poderia e nem queria mais lutar contra o que estou sentindo. É muito forte para negar. Repassei em minha mente tudo o que eu tinha pra dizer, centenas e centenas de vezes. Não queria errar, não poderia errar! Essa era a minha grande chance!
Cinco minutos após eu ter desligado o telefone, a comida chegou, mas Eva não deu sinal de vida. Já faltavam 10 minutos para o meio-dia e nada. Minha ansiedade se transformou em impaciência e desci para buscá-la. Quando cheguei à sua baía, lá estava ela, distraída, fazendo suas tarefas. Minha presença sequer foi notada.
“Eva”.
Assim que ouviu minha voz, ela deu um pulo da cadeira e me encarou com uma expressão mortificada.
“Gid... Senhor Cross. Não precisava ter descido até aqui”. Disse um pouco sem jeito.
“Está pronta?”. Perguntei calmamente, muito calmamente.
Ela se abaixou para pegar sua bolsa e Garrity saiu de seu escritório, me saudando. Antes que ele terminasse, esclareci que estava ali apenas para levar Eva para almoçar. Depois de se recuperar de seu quase imperceptível choque, ele voltou a sorrir. Nos despedimos dele e fomos em direção aos elevadores. Enquanto aguardávamos o elevador, acariciei a manga de sua blusa de cetim com meus dedos.
“Toda vez que fecho os olhos, vejo você com aquele vestido vermelho. Escuto seus gemidos de tesão. Sinto você descendo pelo meu pau, apertadinha, me fazendo ficar tão duro que chega até a doer”.
“Pare com isso”, disse virando o rosto enrubescido.
“Eu não posso evitar”.
As portas do elevador sem abriram. Eu a peguei pela mão para levá-la para dentro. Pus a chave no painel e a puxei para mais perto. Não suportava mais a distância entre nós.
“Eu vou te beijar, Eva”.
“Eu não...”
E a calei com um beijo. Ela até resistiu no começo, mas acabou se entregando assim que comecei a acariciar sua língua com a minha. Sei que ela precisava disso tanto quanto eu. Me afastei para tirar a chave do painel e as portas se abriram.
Nos encaminhamos para meu escritório e enquanto eu tirava a jaqueta, Eva me olhava como se estivesse distraída com alguma coisa.
“Quer que eu guarda sua bolsa?”, perguntei.
Mas ela não respondeu. Continuava a me olhar em transe.
“Eva?”
“Você é muito bonito, Gideon”.
Isso me pegou de surpresa. Fiquei até um pouco desconcertado, mas um calor enorme se espalhou pelo meu peito. Eu não poderia desejá-la mais.
“Fico feliz que goste do que vê”. Disse ainda afetado por suas palavras.
Ela me entregou sua bolsa pra eu guardar junto com meu paletó e se afastou um pouco cruzando os braços em uma posição defensiva.
“Vamos acabar logo com isso. Não quero mais sair com você”, disparou.
Eu fiquei chocado. Meu cérebro não conseguia registrar suas palavras, ou talvez não quisesse. Não aguentaria perdê-la, não queria perdê-la, e não iria, de forma alguma, aceitar isso. Passei minhas mãos pelos cabelos de tanto nervoso.
“Não acho que você queira isso”. Bufei.
“Quero, sim, de verdade. Foi... um erro”.
Erro? Como assim?! Ela quer me enlouquecer?
“Não foi”, eu disse com veemência. “A maneira como me comportei depois é que foi um erro”. Todos os músculos do meu corpo endureceram de tensão.
“Eu não estava falando de sexo, Gideon. Estava me referindo ao fato de concordar com o tipo de relação que se estabeleceu entre nós. Estava na cara que ia dar errado desde o começo. Eu deveria ter seguido meus instintos”.
Suas palavras me acertaram como um soco no estômago.
“Você não me quer mais?” Perguntei num fio de voz.
“Não é isso, é que...”.
“Não como eu disse no bar”, interrompi. “Quero dizer, de verdade”.
Ela me olhou confusa. “Do que você está falando?”
“De tudo”, me aproximei dela. “Eu quero ser seu”.
“Não foi isso que pareceu no sábado”. Disse apertando ainda mais os braços em torno de si.
“Eu estava... inseguro”, admiti.
“E daí? Eu também!”
Em seu olhar eu vi uma centelha de esperança. Ela me queria, com certeza. Mas estava com medo de eu estragar tudo de novo. Precisava ganhar sua confiança, então implorei para que me ouvisse. Ela tentou sair, dando a conversa por encerrada, mas eu não deixei.
“Se você vai entrar em parafuso toda vez que a gente transar, não temos nem por que começar”, argumentou.
Dando um suspiro, comecei a me abrir como nunca. Não estava sendo fácil, pois Eva é como um campo minado: é preciso ir com calma e observar muito bem onde é seguro dar o próximo passo. Eu não podia assustá-la com meu passado. Tinha que ir com calma e escolher as palavras certas para explicar o que senti, sem ter que revelar tudo.
“Estou acostumado a ficar no controle. Eu preciso disso. E você mandou essa ideia para o espaço na limusine. Eu não soube como lidar com isso”.
“Jura?”.
Tomado pela coragem, cheguei ainda mais perto. “Nunca fiz isso antes. Pensei que nem fosse capaz. Agora que aconteceu... Não posso abrir mão. Não posso abrir mão de você”.
“É muito simples, Gideon. Por mais que o sexo seja bom, uma relação puramente sexual pode mexer seriamente com sua cabeça se o convívio com a outra pessoa não fizer bem pra você”.
Estava fazendo de tudo para me manter calmo, mas depois dessa, foi impossível não ficar frustrado. Que mulher exasperante!
“Nada disso. Admito que pisei na bola. Não posso mudar o que aconteceu, mas tenho o direito de ficar puto se você não quiser mais sair comigo por causa disso. Você impôs as regras e eu concordei, mas você não abriu mão de nada pra se adaptar a mim. Precisamos encontrar um meio-termo. Você precisa ceder pelo menos um pouco”, reclamei.
 “O que você quer Gideon?”, perguntou calmamente. Ela estava querendo me entender, o que era um ótimo começo. Eu a abracei e segurei seu queixo entre o polegar e o indicador.
“Quero continuar me sentindo como me sinto quando estou com você. Só me diga o que preciso fazer. E não se comporte assim quando eu fizer bobagem. É tudo novidade pra mim. Um aprendizado”. Fui muito sincero ao dizer isso.
Uma de suas mãos foi direto para meu coração, que martelava incessantemente, como se esmurrasse meu peito. Seu olhar carregava uma nuvem de dúvidas e preocupações.
“O que, exatamente, é uma novidade pra você?”
“O que for preciso pra passar o maior tempo possível com você. Na cama e fora dela”.
Eu só via as mulheres com quem transava no hotel. Se eu quisesse, eu ligava e marcava os encontros, e nunca passava daquilo. E, mesmo que eu aparecesse em público com Corinne, nossas noites de sexo se passavam também no hotel. Nossa relação era como um emprego para mim. Uma tarefa, uma obrigação. O que está acontecendo entre mim e Eva é algo que eu almejo. O que eu quero mais do que tudo.
Ela respirou fundo e disparou a falar.
“Você é capaz de imaginar como vai ser complicada a nossa relação, Gideon? Ela mal começou e eu já estou exausta. Além disso, tenho umas coisas para resolver comigo mesma, além do emprego novo... Da minha mãe maluca...” Eu abri minha boca para protestar contra sua mania de impor obstáculos entre nós, mas ela a cobriu com seus dedos.  “Mas acho que vale o esforço, e quero muito você. Então não tenho escolha, não é?”
Senti uma euforia tão grande, que achei que meu peito iria explodir. Ela disse sim! Em seu próprio jeito engraçado e sarcástico, mas isso é uma das coisas que eu adoro nessa mulher.
“Eva, você é terrível”.
Eu a levantei do chão, posicionando um dos braços abaixo de seu traseiro para fazer com que suas pernas enlaçassem minha cintura. Eu a beijei com força e esfreguei seu rosto contra o meu.
“Nós vamos dar um jeito”. Eu disse cheio de esperança.
“Até parece que vai ser fácil” reclamou, divertida.
“O que é fácil, não tem graça”. Retruquei no mesmo tom, enquanto a carregava até o bar.
Coloquei-a sentada em um banquinho e tirei a tampa do seu prato aquecido. Ao sentir o aroma do cheesebúrguer com fritas, ela ronronou em aprovação. Acertei! Apesar de ser rica e saber apreciar coisas requintadas, Eva tem gostos muito simples.
Depois de algumas brincadeirinhas entre nós, ela fez uma pausa e me perguntou se faço questão de exclusividade. Será que ela ao menos ouviu o que eu disse? Ou não percebeu? Isso nem precisava ser discutido, na verdade. Eu não divido o que é meu com ninguém. Eu a encarei, impassível.
“Pensei que isso fosse parte do acordo. Mas vou deixar bem claro, pra que não reste dúvida: não existe mais nenhum homem na sua vida, Eva”.
“Mulheres tudo bem?” brincou, tentando aliviar o clima, pelo menos era o que parecia.
“Eu já sabia que seu colega de apartamento era bissexual. Você também?”
O que foi? Eu precisava checar. Nunca se sabe!
“Seria um incômodo pra você?” continuou em tom divertido.
 “Dividir você com qualquer um seria um incômodo. Está fora de cogitação. Seu corpo é meu, Eva”. Enfatizei. Já basta ter que mantê-la afastada dos abutres...
“E o seu é meu? Exclusivamente?”
Ah, meu anjo não estava me ouvindo. Meu corpo clamava por ela, cada membro do meu corpo queria senti-la, inclusive aquele que estava quase pulando para fora da minha calça.
“Sim”, eu disse animadamente, “e espero que você faça proveito dele com frequência e em excesso”.
“Mas você já me viu nua” provocou, baixando o tom de voz. “Sabe o que vai ter em troca. Eu não. Adorei o que vi de você até agora, mas não foi muita coisa”.
As imagens do nosso sexo na limusine perpassaram minha mente. Estávamos completamente vestidos, exceto nossas partes íntimas que se esfregavam freneticamente. Durante minha primeira visita ao seu apartamento, naquele mesmo dia, pude vê-la da forma como veio ao mundo. Se o que ela queria era meu corpo nu...
“Podemos resolver isso já”.
Se ela escolhesse fazer isso agora, eu não seria responsável pelos meus atos. Eu a desejava de forma tão selvagem que nossos gemidos seriam ouvidos por todo o prédio.
Eva se remexeu em sem acento, claramente pensando a mesma coisa que eu. Lancei-lhe um olhar cheio de desejo, mas estava me divertindo com seu desconforto. Suas bochechas ganharam aquele lindo tom de rosa que surgia sempre que estava envergonhada.
“Melhor não”, respondeu. “Já cheguei atrasada do almoço na sexta”.
“Hoje à noite, então”, propus.
“Com certeza”. Disse sem hesitar.
“Vou terminar tudo até as cinco”. Dei mais uma mordida em meu sanduíche, muito feliz porque iria passar a noite trepando até cansar.
Ela disse que não precisava, pois teria de ir à academia depois do trabalho. Então me ofereci para ir junto. Depois de tudo, não estava disposto a deixá-la sozinha, ainda mais na academia, exibindo essas curvas deliciosas. O corpo dela é meu. Ela concordou prontamente. Além do mais meu desejo era tão animal que eu poderia machucá-la.
Quando eu disse seria bom gastar um pouco de energia antes de arrancar a roupa dela, pois assim ela conseguiria andar amanhã, Eva me olhou perplexa, mas cheia de vontade. Estava avaliando se era uma brincadeira. Não era. Passaram-se alguns segundos e ela voltou a falar, mudando completamente de assunto. Comentou que Magdalene poderia ser um problema.
“Ela me disse que falou com você e que a conversa não foi nada boa”.
“Não, não foi nada boa”, confirmou. “Não gostei nem um pouco de saber que você não respeita as mulheres com quem trepa e que, assim que você enfiou seu pau em mim, estava tudo acabado”.
Minha calma se esvaiu e uma irritação profunda me inundou. Maggie tinha passado dos limites.
“Ela disse isso?”
“Exatamente isso. E também que está mantendo você em banho-maria até estar pronto pra sossegar”.
“Ah, é mesmo?” Não gostei nada daquilo. Eu iria ter que dar um gelo nela, para deixar claro meu desagrado pela sua intromissão.  
“Você não acredita em mim?” perguntou incrédula.
“Claro que acredito”.
Eva repetiu que Magdalene podia ser um problema e me comprometi a falar com ela.
Eu havia acabado de comer meu sanduíche e começado a comer as batatas quando Eva passou a explicar seu ciúme, revelando até que ponto minha amiga de infância poderia ser um problema. Ela disse ser ciumenta ao extremo e que talvez fosse melhor eu pensar a respeito.
“Está mesmo disposto a lidar com uma pessoa com problemas de autoestima como eu?”, perguntou, confirmando mais ainda o que Cary havia me dito. “Foi uma das coisas que me fez pensar duas vezes antes de ficar com você. Eu sabia que ficaria maluca vendo a mulherada babando por você, sem poder fazer nada a respeito”.
“Agora você tem o direito de fazer algo a respeito”.
“Você não está me levando a sério”. Balançou a cabeça e deu outra mordida no sanduíche.
“Nunca falei tão sério na minha vida”, eu disse, inclinando-me para frente, para passar a ponta do polegar no canto de sua boca e lambendo o restinho de molho que tirei de lá. “Você não é a única possessiva aqui. Eu também vigio bem de perto o que é meu”.  
Uma expressão muito conhecida estampou o rosto de Eva. Eu a havia visto algumas vezes: quando nos encaramos no saguão do Crossfire, quando quase transamos no sofá do escritório e quando fui ao seu apartamento pela primeira vez. O olhar de ‘me fode’ estava lá, firme e forte, como meu pau, que endureceu assim que encarei esse olhar.
“Continue pensando nisso e vai se atrasar de novo”. Eu sorri.
“Como você sabe o que eu estava pensando?”
“Você fica com essa cara quando está com tesão. Quero ver você assim sempre que possível”. Terminei minhas batatas e tampei minha bandeja.
Eu pedi o número do celular dela (que ainda acho um absurdo eu não conseguir descobrir). Passei-lhe um cartão com os números da minha casa, do escritório e do meu celular. Ela fez uma careta e contou que iria precisar comprar outro aparelho porque sua mãe estava usando o antigo para rastrear sua movimentação pela cidade.
“Entendo”, respondi acariciando seu rosto com as costas da mão. “Era disso que você estava falando quando disse que sua mãe vivia te espionando”.
“Infelizmente”.
“Muito bem, então. Cuidamos da questão do telefone antes de ir à academia. É importante para sua segurança. E eu quero poder ligar pra você sempre que quiser”.
Ela terminou sua refeição e me agradeceu. Fomos ao banheiro escovar os dentes, lado a lado, sorrindo pela normalidade da situação.
Em seguida, peguei sua bolsa e meu paletó para levá-la até seu andar. Eva parou ao ver minha mesa.
“É aqui que você passa a maior parte do dia?”
“Sim”. Respondi enquanto colocava o paletó.
Eva pulou em cima da mesa, de frente para a cadeira e acenou para que eu sentasse. Fiquei surpreso, mas me sentei sem questionar. Ela abriu as pernas e pediu para eu ficar mais perto. Assim que ocupei o espaço entre suas coxas, lancei os braços em torno dos seus quadris e a encarei.
“Muito em breve, Eva, vou comer você bem em cima dessa mesa”.
“Agora eu só quero um beijo”, murmurou, inclinando-se para alcançar minha boca, apoiando as mãos nos meus ombros para se equilibrar. Ela passou sua língua aveludada pelos meus lábios abertos; e depois a enfiou em minha boca para me provocar levemente. Eu gemi contra sua boca, aprofundando mais o beijo e minha virilha se apertava em antecipação. Meu pau ficou instantaneamente duro e latejante.
“Muito em breve, vou me agachar aqui e chupar você bem gostoso. Talvez até quando você estiver no telefone, brincando de ganhar dinheiro que nem no Banco Imobiliário. E você, senhor Cross, vai passar pelo início e ganhar duzentas pratas”. Sussurrou com sua boca colada a minha.
 “Já sei onde está querendo chegar. Você vai me fazer perder a cabeça em tudo quanto é lugar com esse seu corpo todo durinho e sexy”.
“Está reclamando?”
“Não, meu anjo. Estou com água na boca”.
“Meu anjo?”, disse sorrindo.
Concordei com um gemido baixo e a beijei suavemente. Não poderia ser um apelido mais apropriado. Quando ela entrou em minha boate, seu cabelo dourado foi iluminado pelas luzes, como se ela estivesse envolta em uma aura de glória. Exatamente como um anjo.
Saímos do escritório rindo e brincando. Um clima completamente diferente. É incrível o que pode acontecer dentro de uma hora. Enquanto esperávamos o elevador, eu a prensei na parede e a beijei mais uma vez.
“Você sabe que está no trabalho, não é?”
“Qual é a graça de ser o chefe se você não puder fazer o que quiser?”, eu disse petulante.
O elevador chegou e ela entrou passando por debaixo do meu braço. Parti no seu encalço e a cerquei como um predador, posicionando-me atrás dela para puxá-la junto a mim. Agarrei seus quadris firmemente, e meus dedos se aproximaram perigosamente de onde eu gostaria de estar. Não contente em me torturar com seu calor e com seu cheiro, ela esfregou sua bunda no meu pau, que estava a ponto de explodir. As câmeras captavam nosso momento de intimidade, provavelmente estávamos entretendo o pessoal da segurança, mas eu estava tão feliz, que isso nem me incomodou. Continuamos brincando até que o elevador chegou a seu andar e saímos.
“Até mais tarde, moreno perigoso”. Disse sensualmente, me fazendo sorrir.
“Às cinco horas. Não me faça esperar”. Adverti, entrando no elevador.
Assim que voltei para o escritório, fui direto consultar o dossiê para saber o nome da academia que ela frequenta. Equinox. Então mandei Angus trazer minhas roupas de ginástica, caso ela quisesse ir para lá. Não queria perder um minuto desse dia.
FIM DO FLASHBACK

O elevador para as cinco em ponto no andar da agência e as portas se abrem revelando a figura esbelta e maravilhosa do meu anjo; ela está sorridente, mas um pouco introspectiva. Seu dia deve ter sido puxado apesar de nosso almoço, então resolvo dar-lhe um pouco de espaço. Quando passamos pelas catracas, faço questão dar-lhe a mão e entrelaçar nossos dedos. Quero que Eva veja que estou levando nosso compromisso a sério. Sinto sua mão apertando a minha levemente, como se aprovasse meu gesto. Bola dentro, finalmente!
Olho para ela. “Tenho umas roupas aqui comigo, caso você queira ir à sua academia. Equinox, certo? Ou podemos ir à minha”.
“Onde fica a sua?” pergunta ainda um pouco surpresa por eu saber o nome de sua academia.
“A minha preferida é a CrossTrainer, na rua 55”.
“Por acaso você é o dono dessa academia?”
“Dessa rede de academias”. Respondo com um sorriso. “Em geral eu treino MMA com um treinador particular, mas uso a academia de vez em quando”.
“Da rede”, repete chocada. “Claro”.
“Você que sabe, vou aonde você quiser”. Não quero parecer presunçoso ou esnobe. Quero apenas passar um tempo com ela, seja aonde for.
“Vamos pra sua academia, literalmente”.
Eva olha pela janela, fascinada pelo transito caótico de Manhattan. E eu a observo, me perguntando como essa mulher conseguiu me arrebatar sem o menor esforço, me fazendo queimar de desejo e necessidade a ponto de enlouquecer.
Durante o trajeto, ficamos rindo como dois adolescentes, trocando beijos suaves e carícias comportadas. A primeira parada é na loja de celulares. A vendedora me dá total atenção. Basta eu demonstrar o menor interesse por um produto, e ela se desdobra em explicações detalhadas e demonstrações. Eva fica incomodada e tenta se desvencilhar de mim, mas continuo segurando sua mão firmemente. Não vou soltá-la mesmo se ela implorar. Escolho o telefone e a operadora e, naturalmente vou pagar pelo aparelho. Eva se sente ofendida e afasta meu cartão, deixando claro que ela quer pagar, discutimos mais um pouco até que decido ceder. Óbvio que não estou nada satisfeito, mas não quero estragar o clima por causa de uma besteira. Como um negociador nato, tenho que escolher minhas batalhas com sabedoria.
Voltamos para o carro e Angus segue para a CrossTrainer, que está perto. Aproveito o trajeto para adicionar meus contatos no celular de Eva e os dela no meu. Chegamos em menos de10 minutos. A filial da rua 55 é uma das centenas de academias que possuo em todo o país. Foi aberta há mais ou menos dois anos e está muito bem equipada e bem cuidada, como deve ser. São três andares: no primeiro andar, temos a recepção e a área das piscinas. No segundo, as salas de ginástica e de dança, e no terceiro andar, os aparelhos de musculação. Todos possuem vestiários. Oferecemos diversos tipos de lutas, danças e exercícios aeróbicos para todas as faixas etárias e uma equipe altamente treinada. A estrutura é moderna e o ambiente é amplo e arejado. Apesar de todas serem idênticas, eu gosto dessa porque fica mais perto do trabalho e tem uma ótima vista da cidade.
Saio do vestiário em direção ao corredor, mas Eva ainda está se trocando. Aproveito para decidir onde levá-la depois daqui. No hotel? Não, ela não é como as outras, é minha namorada. Melhor irmos para seu apartamento, talvez se sinta mais a vontade. Terei de arrumar uma desculpa para ir embora e isso me deixa muito triste. Queria tanto poder passar a noite inteira abraçado a ela, sentindo cada centímetro de sua pele na minha. Se eu fizer isso, provavelmente correrei o risco de perdê-la para sempre. Vou dizer que tenho que resolver assuntos de trabalho ou... mas que porra é essa?
Eva caminha em minha direção usando um top, cuja cor se aproxima muito do seu tom de pele, que sustenta firme e orgulhosamente seus seios fartos e sua calça preta de yoga – a mesma que usava no dia em que nos conhecemos. Seus cabelos loiros estão presos em um rabo de cavalo e ela me olha com tanta volúpia que é como se estivesse me vendo completamente nu. Meu rosto se fecha na hora. Aproximo-me dela e a rodeio, percorrendo com os dedos seu abdome despido e sarado. Quando paro à sua frente, ela lança seus braços em torno de meu pescoço e dá um beijinho estalado na minha boca.
“O que é isso que você está usando?”
“Roupas”.
“Parece que você está nua com esse top”.
“Pensei que você quisesse me ver nua”.
“Quero ver você nua num local com privacidade”, murmuro ainda irritado. “Agora vou ter que acompanhar você toda vez que for à academia”.
“Não vou reclamar, já que estou gostando demais do que estou vendo agora”.
“Vamos deixar isso pra lá. Eu preciso te comer”. Rosno.
“Eu preciso ser comida”.
“Meu Deus, Eva”, já estou suficientemente desesperado. Não preciso de ajuda! “O que vai ser? Pesos? Aparelhos? Esteira?”.
“Esteira. Preciso correr um pouco”.
Nos encaminhamos para a fileira de esteiras e bicicletas e constatamos que não havia duas esteiras adjacentes que estivessem livres.
Vou até um homem que tem uma esteira livre de cada lado e pergunto educadamente se ele pode trocar de esteira. Ele olha para Eva, sorri e assente. Subo na esteira em que estava o homem e aponto para Eva a que está ao lado. Antes de eu começar a me exercitar, a diaba loira vem me atentar mais uma vez.
“Vê se não gasta muita energia” sussurra. “Quero fazer um papai-e-mamãe pra começar. Andei fantasiando com você em cima de mim, mandando ver com toda a força”.
Essa mulher quer me matar?
“Eva, você não faz ideia”, murmuro perigosamente.
Nunca me senti tão bem disposto como hoje. Energia transborda do me corpo. Foi realmente uma ótima ideia vir malhar primeiro. Do jeito que estou poderia facilmente machucá-la, afinal Eva é muito apertadinha e meu pau é grosso e enorme. Uma estocada forte e impensada da minha parte, e meu anjo estaria dando entrada no pronto socorro mais próximo.
À medida que troco de aparelho, observo a movimentação de Eva pela academia. Não posso perdê-la de vista. Os marmanjos de plantam quase a comem com os olhos quando ela passa. Vejo dois deles na esteira, olhando para ela com malícia e cochichando um para o outro. Meu sangue ferve na hora! Filhos da puta! Eu vou...
Ah, merda!
Um dos instrutores se aproxima dela, provavelmente enfeitiçado pelos seus seios. Ele lhe dá um enorme sorriso. A ideia de atacá-lo com um desses pesos me pareceu muito atraente. E antes que eu perceba, estou caminhando firmemente até os dois. Se esse babaca não recuar, suas chances de arrumar outro emprego em qualquer lugar desse país serão reduzidas a inexistentes.
Chego atrás dele quando o escuto tagarelar animadamente. Muito animadamente.
“... você só vai poder se decidir se puder aproveitar tudo o que temos a oferecer. Eu garanto a você, a CrossTrainer é a melhor academia de Manhattan”.
“Você tem direito a tudo o que temos a oferecer”, falo enquanto me dirijo para o lado de Eva e passo o braço por sua cintura, “já que é a namorada do dono”. Acrescento, enfatizando bem a palavra namorada.
O tal Daniel percebe com quem está falando e retrocede em seguida, totalmente constrangido. Adoro quando minha posição me permite colocar certas pessoas em seus devidos lugares. Situação resolvida.
“Eu posso apostar”, digo enquanto nos encaminhamos para os vestiários, “que ele não tirou os olhos dos seus peitos”.
“São peitos muito bonitos, devo admitir”, brinca.
Solto um grunhido de impaciência. Queimar esse top indecente está na minha lista de prioridades no momento.
Esmago sua bunda com um tapa. “Esse maldito band-aid que você chama de top não deixa muito espaço para a imaginação. Não demore muito no chuveiro. Logo você vai ficar toda suada de novo”.
“Espere”, ela pega meu braço. “Você acharia ruim se eu pedisse para você não tomar banho? Se eu dissesse que quero encontrar um lugar aqui pertinho e pular em cima de você todo suado mesmo?”
Puta merda! Essa mulher existe?
O hotel onde mantenho a suíte fica a algumas quadras daqui...
Não poderia ser mais perfeito!
“Estou começando a temer pela sua segurança, Eva. Pegue suas coisas. Tem um hotel ali na esquina”.
Saímos apressados pelas ruas da cidade. Noto que Tony está por perto, no outro lado da rua. Ele é um paparazzo. Sabe que tenho o costume de frequentar essa academia, e fica sempre de plantão por aqui. De repente, as imagens do homem que encarou a bunda de Eva no elevador, dos homens cochichando sobre ela na academia, e de Daniel tentando jogar seu charme de “galã clichê” me veem a mente e, num surto de possessividade, agarro Eva no meio da calçada lotada e a beijo vorazmente. Quero que todos saibam que ela está comprometida comigo e, assim, destroçar a mínima chance de todos os imbecis dessa cidade tentarem conquistá-la. Não quero me gabar, mas sou um ótimo partido e duvido muito que qualquer homem com o mínimo de inteligência vá bater de frente comigo.
Aplausos irrompem ao nosso redor.
“O que foi isso?” Eva pergunta sem fôlego, após eu afastar meus lábios dos seus.
“Um prelúdio”. Pego sua mão e a puxo pelo saguão do hotel, indo direto para o elevador, conseguindo cumprimentar o gerente apenas alguns segundos antes das portas se fecharem.
Solto minha mochila no chão e tento tirar essa porcaria de band-aid. Eva começa a rir disso e bate em minhas mãos. O elevador chega ao andar e saio já sacando a chave-mestra para abrir a porta do quarto. Impacientemente ela põe suas mãos sob a minha roupa.
“Tire a roupa. Agora!” ordena com a voz rouca.
Feliz em obedecer, começo tirando os tênis com os pés e arranco minha camiseta e shorts. Eva para por uns instantes, fascinada.
“Acho que morri e fui para o céu”.
Rindo de sua reação, avanço sobre ela. “Você ainda está vestida”.
Ataco suas roupas, arrancando seu top em um puxão e descendo suas calças com força. Ela tira seus tênis com tanta pressa que acaba nos fazendo cair sobre a cama. Ponho-me por cima dela e começo a beijar e lamber seu pescoço, sua mandíbula, até chegar ao seu peito esquerdo.
“Você é tão linda, Eva”, respiro antes de abocanhar seu mamilo.
Ela solta gemidos de puro prazer. Seu corpo se derrete a cada sucção. Suas mãos percorrem avidamente minha pele úmida, apalpando e apertando, procurando pelos meus pontos fracos. Ela entrelaça suas pernas nas minhas e tenta me fazer rolar para que ficar por cima, mas não consegue. E não vou deixar. Hoje, eu é que vou estar no comando. Levanto a cabeça sorrindo.
“Agora é minha vez”.
“Gideon...”
E a silencio com um beijo profundo e lascivo. Como de praxe, suas mãos acariciam meus cabelos, puxando-os de leve. Eu já disse que adoro quando ela faz isso? A fricção de nossos corpos está me deixando louco. Meu desejo por ela é selvagem, quase desumano.
“Adoro seu corpo”, sussurro, passeando com minha boca do seu rosto para a garganta. “Não me canso de admirá-lo”.
Minhas mãos estão em todos os lugares. Quero tocar tudo ao mesmo tempo.
“Você ainda não desfrutou dele o bastante”, provoca.
“Acho que nunca vou me fartar dele”.
Mordendo e lambendo seu ombro, trilho um caminho para seus mamilos e agarro um deles com os dentes, apertando de leve. Suas costas arqueiam e ela geme alto. Em seguida, eu o sugo, para aliviar a pontada da mordida. Continuo percorrendo seu corpo com a boca, abrindo caminho aos beijos em direção à sua cintura.
“Nunca senti tanto desejo na minha vida”. E é verdade. Nunca fiquei tão desesperado para trepar com alguém antes.
“Então me fode”.
“Ainda não”, murmuro, indo mais para baixo, circundando seu umbigo com a ponta da língua. “Você não está pronta”.
“Quê? Meu Deus... Não dá pra ficar mais pronta que isso”.
Ela puxa meus cabelos, numa tentativa de me trazer de volta para cima.
Agarro seus pulsos e aperto-os contra o colchão.
“Você tem uma bocetinha apertadinha, Eva. Se não estiver totalmente molhada e relaxada, vou machucar você”.
Continuo meu percurso até o ápice de suas coxas. De repente, seu corpo fica tenso e ela se contorce tentando evitar o meu toque.
“Não, Gideon. Nem tomei banho”.
Ignoro seu pedido e enfio meu rosto entre suas coxas, mordendo-as de leve. Eva continua a se debater.
“Não. Por favor. Você não precisa fazer isso”.
Levanto-me subitamente e a encaro com um olhar penetrante. “Você acha que meu desejo pelo seu corpo é diferente do seu pelo meu? Eu quero você, Eva”.
Ela faz aquele gesto sensual de lamber os lábios ressecados. Solto um gemido suave mergulho de cabeça na umidade do meio das suas pernas. Minha língua abre caminho dentro dela, lambendo e separando os tecidos sensíveis. O seu cheiro me inebria. Seu gosto é doce e delicioso.
Seus quadris se remexem sem parar.
“Ah, Eva. Penso na minha boca na sua boceta desde a primeira vez que vi você”. Sussurro com a boca colada em seu clitóris. Eu o lambo e ela estremece, relaxando as pernas e me dando passe livre para continuar a tortura.
“Isso. Assim mesmo. Me faz gozar”, pede com a voz entrecortada.
Disposto a atender o seu pedido, alterno sucções e lambidas ásperas. Seu corpo treme violentamente, mas minha língua continua a invadir seu sexo em meio às suas convulsões. Gemo incessantemente de prazer, e tento entrar ainda mais fundo, prolongando o clímax. Seu líquido espesso e doce invade minha boca, e eu a sugo ainda mais forte. Continuo minhas investidas, dessa vez usando dois dedos para estimular ainda mais seu clitóris e ela goza outra vez, soltando gritos e gemidos roucos. Agora, entro com três dedos, para abrir passagem para algo maior que meus dedos. Meu amigo aqui embaixo já está doido querendo entrar em “casa”.
 “Não. Já chega”. Implora.
“Mais uma vez”, insisto, ofegante. “Mais uma vez e depois eu te como”.
“Eu não aguento...”.
“Aguenta, sim”. Sopro um jato de ar frio sobre sua pele molhada. “Adoro ver você gozar, Eva. Adoro ouvir seus gemidos, sentir seu corpo se contorcer...”.
Massageio um ponto sensível dentro dela, e a faço gozar de novo, com uma intensidade menor, mas ainda sim, intensa.
Saio de cima dela para me inclinar à gaveta do criado-mudo ao lado da cama e pego um preservativo. Coloco-o e, em seguida, puxo-a para o centro da cama. Eu me deito sobre ela, prendendo-a, cercando-a firmemente com meus antebraços. Ela está paralisada e indefesa.
“Me fode”, implora.
“Eva”, suspiro ao mesmo tempo em que entro nela, em uma estocada furiosa. Aquele conhecido aperto delicioso de seus tecidos inchados ao redor do meu pau me deixa sem fôlego. A sensação tão incrível quanto à da primeira vez! Nossa ligação é absurdamente intensa, e envolve todos os meus sentidos. Essa mulher me possui em todos os níveis que um ser humano pode ser possuído. Não tenho mais dúvidas: eu a amo. Eu a quero em minha vida. Eu pertenço a ela.
“Nossa... você é muito gostosa”, sussurro completamente rendido
Eu invisto nela cada vez mais, alcançando os pontos mais profundos de seu sexo. Com a cabeça colada a seu pescoço, murmuro diversas coisas picantes e safadas, para deixá-la ainda mais louca. Remexo meus quadris incansavelmente para fazê-la gozar mais uma vez. Suas unhas cravam em minha bunda, fazendo-me ir mais fundo dentro dela. Ao ouvi-la gemer alto, levanto minha cabeça e cubro sua boca com a minha. Minhas mãos agarram suas nádegas, e eu continuo batendo minha pélvis na sua. Sua boceta se alarga, acomodando meu pau que entra e sai sem parar.
“Goze, Eva”, ordeno com um tom áspero. “Agora”.
Ela chega ao clímax sussurrando meu nome como uma oração, sendo que digna de adoração é ela. Sempre ela.
 Jogo a cabeça para trás, estremecendo. Um grito escapa de minha garganta enquanto meus quadris continuam a movimentar-se e gozo loucamente, enchendo a camisinha com meu sêmen. Meu corpo convulsiona, meus músculos se enrijecem e minha mente se desliga completamente do mundo. Estou completamente imerso em uma montanha-russa de prazer.
Nossa isso foi... Foi... O paraíso. Com meu próprio anjo. Eu não imagino algo melhor que isso. Ficamos abraçados por um tempo, com nossas bocas passeando por ombros, pescoço, mandíbula, até que nos acalmamos.
“Uau”, Eva murmura.
“Você acaba comigo”, falo com a boca encostada no seu queixo. “Vamos acabar morrendo de tanto trepar”.
“Ei, eu não fiz nada dessa vez”, provoca.
“Você estava aí deitada, respirando. Isso já basta”.
Ela ri e me abraça.
Ergo a cabeça e esfrego seu nariz no meu. “Vamos comer alguma coisa, e depois começamos tudo de novo”.
“Você consegue fazer tudo isso de novo?” diz levantando as sobrancelhas.
“A noite inteira”, respondo alegremente, saindo de dentro dela.
“Você é uma máquina, ou então algum deus”.
“A culpa é sua”. Dou-lhe um beijo suave e me afasto para descartar a camisinha.
“Vamos tomar banho e pedir alguma coisa do restaurante lá de baixo”, sugiro. “A não ser que você queira descer”.
“Acho que não consigo andar”.
“Ainda bem que não sou o único”, replico sorrindo.
Sinto uma emoção inominável ao olhá-la. Nenhuma mulher havia feito me sentir tão vivo como Eva. Não tê-la em minha vida é algo que nunca vou aceitar.
“Você parece estar muito bem”, comenta.
“Eu me sinto ótimo”. Afago seu rosto suado. Ela parece calma e seu olhar expressa algo profundo que me hipnotiza, que me chama.
“Tome banho comigo”, peço suavemente.
“Claro, apenas me dê um minutinho para me recompor”, sorri levemente.
“Tudo bem”, eu me viro e me encaminho para o banheiro.
Ligo o chuveiro e a água cai morna sobre minhas costas, relaxando meus músculos tensionados. Meu humor nunca esteve tão bom. Já estou pensando em uma rapidinha antes do jantar, talvez durante o banho? A ideia me anima.
Alguns minutos se passam e nada de Eva aparecer. Será que ela dormiu? Pudera, estava tão exausta.
“Eva”, chamo em tom brincalhão.
Ela não responde. Termino de me enxaguar, me enrolo na toalha ainda molhado e sigo para o quarto. Abro a boca para chamá-la e paro no ato. O quarto está vazio. Vários brinquedos eróticos, preservativos e lubrificantes estão espalhados pela cama. Isso é um aviso de que ela havia entendido o propósito daquele quarto, e que não ia se sujeitar a ser mais uma.
Meus pulmões se comprimem. Eu mal consigo respirar. Estou tomado de pânico, nma angústia que só sinto quando tenho pesadelos. A essa altura, ela com certeza quer distância de mim.
“Gideon, você é um estúpido! Seu idiota!” Brado para mim mesmo.
Em um acesso de fúria por tê-la ferido mais uma vez, eu pego o abajur e o jogo na parede, reduzindo-o a pó.
E agora percebo que nada nesse mundo pode me amedrontar mais do que a possibilidade de perdê-la.

É... não tá fácil pro nosso morenão, hein? Essa do hotel foi de lascar. Se eu fosse a Eva, também teria me sentido humilhadíssima. E vocês, o que acharam? Na semana que vem, voltaremos a ter três capítulos, ok? Beijos e até a próxima!

Um comentário:

Unknown disse...

Ei tammy adorei o toda minha e profundamente minha,e axei mega legal vc repostar o toda minha.
MAS e o para sempre sua????? Eu to morrendo pelos proximos capitulos..!!