quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Para Sempre Minha: Capítulo 11 — Calmaria

ATENÇÃO: PEÇO QUE LEIAM ATENTAMENTE AS NOTAS DOS CAPÍTULOS, POIS DOU VÁRIAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES NELAS. NÃO VOU RESPONDER A NENHUMA PERGUNTA SOBRE O QUE EU JÁ TIVER ESCRITO.
Oi gente, tudo bem? Pausa pra esse momento: esse é o primeiro capítulo que posto depois de formada! kkkk isso aí! Colei grau! Acabou! Tô feliz demais. E como foi uma baita correria, como eu expliquei no Face, o capítulo atrasou em um dia. Maaas tudo certo agora!
Tive o maior trabalhão com esse capítulo, porque ele ficou muito grande! Então resolvi dividi-lo, porque queria separar umas coisas de outras. Como a vida desses dois tá turbulenta demais, decidi que seria melhor eles terem um pouquinho de sossego (e vocês também, né? Porque haja coração!). Quero que aproveitem e curtam bastante o capítulo de hoje, porque semana que vem, a coisa volta a pegar pro lado do nosso casal, hein?

Ah, recomendo que, antes de começarem a ler: peguem umas calcinhas extras. Temos partes fofas e românticas, mas a maior parte estará escaldante!


Quem aí quer saber a visão de Gideon sobre o sexo na boate? Todo mundo, né? Então chega de blá blá blá e vamos direto ao que interessa! 


Boa leitura!



A paz do coração é a calmaria dos homens.
— Platão

Olho para a tela do laptop, que está apoiado em minhas coxas, analisando atentamente todas as mudanças feitas no site da Crossroads. Eu havia desistido da ideia de reunir o pessoal do Marketing amanhã e decidi que queria essas mudanças em vigor já na segunda-feira. Era o mais lógico. Portanto, fiz uma videoconferência apenas com Margareth, e o com o chefe da equipe de criação, Bill, ontem à tarde, enquanto Eva se arrumava para sua noite fora. Eles ficaram impressionados com as mudanças propostas, e discretamente envergonhados por não terem pensado em nada daquilo. No entanto, para compensar tal lapso, dei-lhes até a manhã de hoje para fazerem as modificações necessárias. E não me decepcionei. Minha equipe provou mais uma vez sua capacidade de reação rápida em momentos críticos, além da eficiência na execução de tarefas um prazo curto de tempo.

Agora, ao ver tudo pronto, sinto um misto de orgulho e satisfação em saber que todas aquelas ideias pertenciam à mulher adormecida que ocupa o outro lado da cama. Meus olhos correm por sua figura voluptuosa deitada entre os lençóis brancos. Seu cabelo curto está em todas as direções e seu rosto está virado para o lado oposto ao meu. A luz da janela ilumina toda a sua pele e seus cabelos. Ela parece uma miragem. Um oásis. O meu oásis.

Eu a amo. Eu a venero. Eu a desejo. Eu faço qualquer coisa para ver o brilho de felicidade em seus olhos e sorriso. É impressionante o poder que ela tem sobre mim. Sempre tive certeza do meu magnetismo sobre as mulheres, mas para meu anjo isso nunca foi o bastante, e isso foi o que mais me agradou. Ter que lutar por ela. Ter que conquistá-la. Fazê-la perceber que nenhum homem era capaz de arriscar tudo por ela, até mesmo a própria vida. Por muito tempo, fomos duas peças que procuravam ter onde se encaixar. Ninguém poderia fazer por ela o que eu faço. Só nós dois sabemos o que é ser como somos. Nossa relação, nossas reações, nossos sentimentos, tudo faz parte de um mundo que só nós dois conhecemos. 

Eva ainda está dormindo pacificamente, embora eu saiba que ela irá acordar com um uma ressaca infernal em breve. Por isso, deixei de prontidão em seu criado-mudo, uma garrafa cor de âmbar com os dizeres CURA RESSACA em letras clássicas. Essa coisa toda era uma mistura estranha que Arnoldo me apresentou. Nem eu faço ideia do que tem dentro, além de álcool, claro. E, tenho que dizer, por conhecimento de causa, que funciona, apesar de o gosto ser forte e horrível. Na minha transição da adolescência para a fase a adulta, eu só enchi a cara uma vez para nunca mais. Ficar bêbado é uma merda, mas a ressaca era ainda pior. Tremo só de lembrar. Para minha sorte, Arnoldo é o único que sabe da primeira e última vez que Gideon Cross perdeu o controle por causa do álcool. Ninguém mais precisava ter ciência do caso.

Mas a garrafa não me trazia apenas lembranças ruins. Eu havia enviado uma destas para Eva, um dia depois de nosso encontro “casual” em uma das minhas boates, quando finalmente selamos nosso acordo de sexo sem compromisso. Ela estava tão linda e gostosa naquela noite que, seu eu pudesse, teria a comido bem na pista de dança. Abro um sorriso ao pensar que, ontem à noite, eu finalmente fui à forra, e transei com ela exatamente como eu havia imaginado, mas com um pouco mais de privacidade. 

Depois do nosso sexo pseudoexibicionista na boate, e de nos recompormos da melhor forma possível, voltei para casa, e fiquei esperando minha bela mulher chegar em casa. Por mais que eu preferisse tê-la trago comigo, mas ela tinha que voltar com seus amigos, já que o transporte e a entradas exclusivas foram por conta do “amigo generoso” de Eva.

Respiro fundo e fecho os olhos quando as nosso sexo espetacular em um local público enchem minha mente.

Flashback

Vesti uma blusa preta, uma calça e penteei meus cabelos para trás. Não precisei de muita coisa para não aparentar em nada com o magnata frio, poderoso e distante que normalmente sou no trabalho e na vida pública. Eu parecia apenas um cara sem o menor senso de requinte, jovem, que queria aproveitar as entradas Vips que ganhou de alguém. Ninguém me reconheceria em meio a tanta gente se esfregando na pista de dança.

Em exatos vinte minutos eu estava entrando pela porta lateral do clube, reservada apenas para funcionários. O segurança custou a me reconhecer, mas ao reconhecer Angus logo atrás de mim, ele apenas se desculpou e me deixou passar. Eu não o culpei. Realmente, não dava para saber que era eu logo de cara. Em segundos, todos os funcionários do clube sabiam que o dono da casa se fazia presente, e eu tinha tudo que eu queria em minhas mãos. Eu adoro ter essa sensação de controle.

Primeiro, proibi o avesso ao escritório que ficava atrás dos espelhos na área vip. Ninguém teria autorização para estar ali naquela noite. Em seguida, fui até a cabine de segurança e pedi a imagem da câmera mais próxima à escadaria que levava à área vip da boate. A fila estava grande, mas eu a vi antes mesmo de ter tempo de notar mais atentamente qualquer pessoa que estivesse por ali. Eu reconheceria aqueles cabelos lindos em qualquer lugar. 

Não perdi tempo. Instruí a Laura, uma das seguranças, para estar na entrada da passarela, e indicar o lugar exato em que pedi Eva para me esperar. Em seguida, Lars, que controlava o acesso às escutas, para orientar o responsável por controlar a passagem para a escadaria a permitir a entrada de Eva, a loira de cabelo curto e vestido que estava parada em frente à fila.

Eu vi pela tela do monitor quando o segurança ouvia atentamente as instruções e, em seguida, apontava para Eva e permitia a passagem. Vi que os que esperavam na fila ficaram revoltados e fiquei atento a qualquer sinal de que algum deles pudesse ficar mais exaltado que o normal. Quando a vi desaparecer pela cortina de veludo, fiquei mais tranquilo, e desci para encontrá-la.

No entanto, um dos dirigentes me parou e tive que falar com ele rapidamente sobre uma reunião muito necessária com todos os responsáveis por minhas boates na cidade. E teria de ser esta semana. Um determinado assunto me deixou preocupado, mas deixei para que ele fosse tratado no momento oportuno. Eu estava com tesão. Eu só queria foder gostoso com a minha incrível namorada.

Assim que o assunto foi encerrado, continuei meu caminho até a pista de dança, perto do encontro entre os dois espelhos. 

E foi perto dali que encontrei Eva dançando de uma maneira nada apropriada com um homem aleatório que estava praticamente colado à suas costas e com as mãos em seus quadris. 

Get Far – Shining Star

Ninguém toca nos quadris da minha mulher assim.

Eu sabia que ela sentia minha presença antes mesmo de olhar para mim, já que ambos temos as mesmas reações quando estávamos na presença um do outro sem necessariamente nos ver. E quando ela olhou para mim, meu pau endureceu ainda mais. Suas feições selvagens mostravam claramente o quanto ela queria ser comida. 

Ela não tinha ideia do quanto eu queria comê-la.

Sua língua atrevida fez um número espetacular ao lamber seus lábios carnudos. Em seguida, Eva se virou de frente para o indivíduo e começou a rebolar sua bunda maravilhosa no mesmo ritmo dos quadris do desgraçado.

Minha natureza possessiva e ciumenta veio à tona, tencionando meus músculos. Tive que apertar minhas mãos em punhos para me conter. Mas, vendo como Eva me olhava de forma provocativa, como se estivesse pedindo para ser castigada da pior maneira possível, o tesão falou ainda mais alto. Eu me enfiar dentro de sua carne sensível e encharcada tão fundo até sentir a cabeça inchada do meu pau tocar seu útero. Ninguém poderia saciá-la mais do que eu, ou fazê-la se sentir como eu. 

Sem sequer hesitar, continuei andando até onde os dois estavam e, antes que eu desse um último passo, Eva se antecipou e nossos corpos se encontraram; cada curva dela se encaixando perfeitamente nas minhas. Seus braços envolveram meu pescoço, suas mãos puxaram minha cabeça e, em seguida, seus lábios estavam nos meus. Ataquei-a num beijo furioso e violento. Cada fibra do meu ser estava concentrada ali, naquele exato momento. Gemendo, agarrei sua bunda impertinente, reivindicando minha posse, fazendo com que seus pés saíssem do chão. Minha língua percorria cada canto de sua boca, explorando cada centímetro, sem deixar nada de fora. Sabia que meus movimentos agressivos poderiam estar a machucando, mas ela parecia não se importar. Muito pelo contrario, ela respondia com a mesma intensidade. 

Eu queria consumi-la. Eu queria devorá-la. 

Senti uma terceira pessoa tentando se enquadrar em nossa equação. Parei o beijo e coloquei Eva no chão. Fiquei furioso ao ver o filho da puta insistindo, passando a mão nos cabelos dela e beijando seu ombro.

“Se manda”, rosnei.

Eva se virou para ele e deu de ombros. “Obrigada pela dança”.

“Quando quiser, linda”, o idiota disse inabalável enquanto agarrava outra cintura aleatória e a seguia para onde quer que ela fosse.

Voltei minha atenção para o espetáculo de mulher em meus braços. Só ela me interessava. Sem perceber havíamos andado alguns passos em direção ao espelho no e a prensei ali, enfiando um das coxas entre suas pernas.

“Meu anjo. Você é uma menina muito má”.

Ela se esfregou em minha perna sem nenhuma vergonha. Estava ofegante e tão sedenta quanto eu para gozar. “Só com você”.

Continuei apertando sua carne farta por baixo do vestido, estimulando-a a continua se esfregando em mim. Mordi sua orelha, sentindo a frieza de seu brinco contra meus lábios quentes e famintos. Meus pulmões trabalhavam em horas extras com minha respiração pesada e descontrolada. Era como se o cheiro de Eva fosse meu oxigênio e eu não conseguisse ter o suficiente. Seu suor combinado com o cheiro cítrico de seus cabelos era afrodisíaco. A batida da música fazia nossos corpos vibrarem. Eles se moviam no mesmo ritmo, como se fôssemos um só. Nunca tinha sido assim para mim. Mesmo com Eva, por mais que dançássemos bem juntos, nunca foi como estava sendo naquele momento. Era como uma dança de acasalamento. Um ritual que precedia a explosão de nossos desejos mais secretos. 

Estávamos tão envolvidos um no outro, numa bolha de sensualidade da qual nenhum daquelas pessoas imersas em seus próprios mundos poderia fazer parte. Eu olhava para Eva, que parecia satisfeita com nossa proximidade. Adorava vê-la daquele jeito, tão desinibida e tão excitada quanto eu. 

Agarrei um de seus seios por cima do vestido. Ela estava sem sutiã, já que a peça tinha bojo. Não que isso fosse me impedir, óbvio. Eu já lidei várias vezes com vestidos e blusas assim. Por cima do pano belisquei e acariciei seu mamilo enrijecido com os dedos. 

Ela soltou um gemido de puro deleite e jogou a cabeça para trás, encostando contra o espelho. Eva estava louca para ser fodida sem seque se importar com as pessoas à nossa volta. O pensamento de que ela me queria acima de qualquer coisa, que nada era mais importante do me tocar e ser tocada por mim deixou meu pau ainda mais duro, se possível. O corpo dela implorava, e eu daria o que ela quisesse.

“Você quer dar pra mim”, sussurro asperamente, “aqui mesmo”.

Eva estremece. “Você faria isso?” sussurra sem fôlego.

“Você quer que todo mundo veja. Quer todo mundo olhando pro meu pau entrando nessa bocetinha gulosa até ficar cheia de porra. Você quer mostrar que é só minha”. Cravo os dentes em seu ombro tentando conter a repentina corrente de desejo de tomá-la aqui mesmo, sem nenhuma barreira. “Quer experimentar essa sensação”.

“Quero mostrar que você é só meu”, responde, enfiando suas mãos nos bolsos traseiros de meu jeans e apertando minhas nádegas. “Quero que todo mundo saiba disso”.

Posicionei um dos braços sob o traseiro de Eva e a levantei, enquanto minha outra mão buscava o painel de acesso por impressão digital que destrancava a sala de espelhos. Coloquei meu polegar no lugar indicado e, após um bipe, a porta se abriu. Ainda com Eva colada a mim, entramos no ambiente mergulhado na escuridão. A entrada se fechou atrás de nós, calando os ruídos ensurdecedores do lado de fora, graças ao isolamento acústico da sala. 

Eu a coloquei no chão e virei seu corpo, deixando-lhe de frente para o vidro, assim, ela teria a visão de todos do lado de fora. Corpos brilhantes de suor se amontoavam ali, seguindo o ritmo alucinante da música, incapazes de parar o frenesi que dominava cada centímetro de sua carne. Eles estavam a apenas alguns centímetros de nós, separados apenas por uma porta que, para eles, não passava de duas paredes espelhadas. Tão perto, mas tão longe. 

Eu queria que Eva tivesse a experiência de transar em público sem ser pega por isso. A última coisa que precisávamos era de paparazzi indiscretos nos pegando em momentos... Deliciosamente comprometedores.

Enfiei minhas mãos por baixo de seu vestido, acariciando sua fenda encharcada e beliscando seus seios intumescidos. Apoiei meu corpo sobre o dela sem forçar o peso, e a envolvi com meus braços, cravando meus dentes em seus ombros. Eu a queria imóvel. 

Eu a queria a minha mercê. 

Eu queria possuí-la.

Seu corpo estava totalmente rendido a mim. Tão receptivo. Tão necessitado. Mas, por mais que eu adorasse vê-la assim, eu não podia continuar sem antes ter certeza de que não estava cruzando um limite. Eva já havia demonstrado anteriormente que poderia ceder aos meus desejos por pura insegurança, mesmo que aquilo a machucasse. E eu precisava saber se ela realmente estava pronta para desfrutar daquele momento comigo.

“Me diga se eu estiver exagerando”, murmuro, passando meus lábios pelo seu pescoço sedoso. “Se ficar assustada, é só dizer a palavra de segurança”.

No momento em que ela dissesse Crossfire, tudo iria acabar. Essa é a regra.

“Fui eu que aticei você. Quero ser possuída. Sem nenhuma restrição”.

Apesar de estar ofegante, ela estava certa do que queria. Era a certeza que eu precisava para continuar.

“Você está com tanto tesão”, provoquei, enfiando dois dedos dentro dela. “Parece que foi feita pra foder”.

“Sob medida pra você”, ela não podia estar mais certa. Eva era uma força da natureza no sexo. Uma força que necessitava ser contida, mas ansiava por liberação. E nenhum homem além de mim poderia lhe dar o que ela necessitava.

Ela estava resfolegando, sua temperatura anormalmente quente fazendo sua pele se avermelhar. Meu anjo estava pegando fogo em meus braços, e que queria mergulhar nessa chama e queimar junto com ela. 

“E você esqueceu isso em algum momento hoje?” Tiro as mãos de dentro dela e abro a braguilha da minha calça. “Quando os outros caras estavam passando a mão em você, se esfregando? Mesmo assim você lembrou que era minha?”

“O tempo todo. Eu nunca me esqueço disso. Eu liguei pra você. Queria você”.

Encostei meu pau duro de tesão no vão entre suas nádegas expostas, que o abraçaram e fizeram uma leve pressão, fazendo-o pulsar ainda mais. 

“Eu estou aqui pra você meu anjo”, trilhei um caminho de beijos por sua pele até chegar à sua boca. “Pode me enfiar dentro de você”, gemi roçando minha língua contra a sua.

Eva arqueou as costas, passou o braço pelo meio das pernas e agarrou meu membro. Dobrei os joelhos para me alinhar à sua abertura. De repente, ela para e vira a cabeça, colando nossos rostos, remexe os quadris e acaricia seu botãozinho pulsante com a cabeça inchada do meu pau, umedecendo-o com a sua lubrificação.

Apertei os seios dela instintivamente, excitado com sua ousadia. Eu queria me fundir nela, se fosse possível. “Chega mais perto de mim, Eva. Se afasta um pouco do vidro”.

Ela se apoiou nas mãos espalmadas no lado transparente do espelho, para empurrar o corpo para trás e apoiar a cabeça no meu ombro. Envolvi sua garganta com a mão e meti com força tamanha a ponto de tirar os pés de Eva do chão. Eu a mantive suspensa no ar, mantendo meu membro dentro dela, e seu corpo sacudia de prazer. Eu gemia, sentindo-me acolhido por sua carne tenra e escorregadia. 

Estar ali, desfrutando da intensidade da nossa ligação insana – capaz de virar nossa mente de pernas para o ar – na frente de todas aquelas pessoas sem que elas pudessem nos ver, era absolutamente espetacular. Eu nunca tinha feito isso antes. Estar com Eva, transar com ela, era sempre uma surpresa, uma coisa nova, uma sensação de descoberta, mesmo que a familiaridade entre nossos corpos estivesse presente. 

Eva se contorcia em meus braços. A mão que ainda estava entre suas pernas se esticou um pouco mais até agarrar meu saco, que estava rígido, pulsante, prestes a explodir. Pronto para derramar cada gota do meu gozo dentro de seu corpo.

“Ai, meu Deus. O seu pau está tão duro”, gemeu.

“Eu fui feito pra comer você”, suspirei.

“Então me come”, ela apoiou ambas as mãos no vidro novamente. “Agora”.

Pus seus pés de volta ao chão e a apoiei com minha mão enquanto ela se dobrava até a cintura para que eu a penetrasse por completo. Posicionei seus quadris a fim de ter o ângulo ideal para meter fundo nela, acertar seu canto especial que eu conhecia tão bem, mas sem machucá-la no processo.

 Ela soltou outro gemido.

Entrei devagar, sentindo sua carne apertar todo o meu cumprimento e minha grossura. O canal vaginal de Eva é pequeno demais para meu membro. A dilatação de seus tecidos para me receber é mais intensa. Solto um ruído quase inumano ao sentir ela se alargando toda para me receber.
E, devagar, comecei a entrar e sair até estabelecer um ritmo ao sentir que alcancei o ponto de prazer que enlouqueceria Eva.

Ela gemia, deliciada e entregue. Ela estava louca de tesão, queria gozar tanto quanto eu, queria apreciar cada segundo da loucura que fazíamos. 

“Isso mesmo, meu anjo”, falei com a voz carregada de necessidade. “Mostra pra mim o quanto você está gostando”.

“Gideon”, ao ouvi-la gemer meu nome com tanta volúpia, não consegui conter e angulei a estocada seguinte de uma forma que acertasse ainda mais fundo seu cantinho especial. 

Ao sentir que entrei mais fundo, ela apoiou todo o peso de seu corpo apenas sobre o vidro à nossa frente. Ela sabia que eu estaria a segurando, e o fato de ela confiar em mim dessa forma, me deixou com mais tesão ainda. Minha pele queimava. Eu estava queimando junto com ela, no fogo consumidor do nosso desejo mútuo.

Eu só precisava de uma última prova de que Eva confiava plenamente em mim. De que ela entregaria seu corpo a mim sem reservas, mesmo depois de tudo o que passamos. O que eu tinha até aqui não era o suficiente, eu necessito demais, necessito saber se a última barreira entre nós havia sido realmente quebrada. 

Tirei um das mãos de seu quadril, lambi a ponta do dedão e espalmei sua bunda. Em seguida, rocei o dedão molhado de saliva na entrada apertada de seu traseiro.

“Não”, ela suplicou, mas eu sabia que ela não estava me impedindo. Era apenas o resquício de seu medo vindo para a superfície. Eva sabia exatamente o que dizer caso realmente quisesse que eu parasse. Mas ela queria aquela exploração tanto quanto eu. 

O controle estava em minhas mãos. E ela precisava que eu mostrasse isso. Gemi deliciado ao continuar brincando com aquela parte tão impertinentemente prazerosa de seu corpo. Debrucei-me sobre ela, e usei a outra mão que estava em seu quadril para mexer com seu sexo já empalado meu membro, abrindo seus lábios externos até encontrar seu clitóris ardente e massageá-lo. 

“Você é minha”, rosnei mostrando minha autoridade. “Toda minha”.

O comando em minha voz foi o suficiente para acionar sua liberação. Ela gozou forte, soltando um grito. Seu corpo sacudiu violentamente, fazendo o meu próprio vibrar. Excitado pela intensidade de seu clímax, e pelo seu néctar encharcando toda minha extensão, comecei a meter com mais força, sem parar de trabalhar com o polegar em seu traseiro e com meus outros dedos em seu clitóris. Eu queria mais dela, queria extrair todo o seu prazer, até a última gota. Ela gozou mais duas vezes, e sua boceta não parava de me ordenhar. Senti que eu seria o próximo, já que meu pau se contraiu pronto para liberar minha porra dentro dela. 

“Não goza! Ainda não”, ela gritou com a voz abafada.

Tive que fazer um enorme esforço para refrear meu orgasmo, mas consegui. “Como você quer que eu goze?”

“Quero olhar pra você”, ela gemeu e senti a região de seu ventre se contrair. “Quero ver o seu rosto”.

Ela queria ver minha entrega. A forma como ela me deixa. A vulnerabilidade incontida em minhas feições quando gozo para ela. Eu jamais poderia negar-lhe isso. Jamais poderia lhe negar o que quer que fosse. 

Na hora, tirei meu pau de dentro dela e a virei de frente para mim. Em seguida, eu a prensei contra o vidro e continuei a meter com força. 

“Você quer me ver perdendo a cabeça”, sussurrei.

“Sim”, resfolegou.

Eva puxou as alças do vestido, deixando seus seios à mostra. Ela os apertou e os levantou com as mãos, beliscando seus mamilos. Suas costas estavam totalmente apoiadas no vidro que vibrava pela música lá fora. Eva absorvia cada movimento, tanto do vidro quanto dos meus movimentos em sua xoxota necessitada. Vê-la se tocando aumentou ainda mais minha vontade de gozar.

Ela posicionou sua boca sobre a minha, nossas respirações se chocando uma na outra. “Pode gozar”, murmurou sedutoramente.

Porra!

Ainda a segurando, recuei os quadris, retirando meu pau devagar sentindo-o escorregar por entre sua carne superestimulada. Mas voltou rapidamente, dando uma arremetida tão funda, que senti toda a sua vagina me acolher, até a base do pênis.

“Ai, meu Deus”, ela se contorceu toda. “Como você mete fundo”.

“Eva”, minha cabeça estava fora de orbita naquele momento. Eu estava completamente tomado pela necessidade de chegar ao orgasmo. Eu a fodi com toda a força. Ruídos guturais brotavam do funda minha garganta. Era como se eu estivesse dentro de um caleidoscópio, que rodava e rodava. Um pequeno inferno me convidando para conhecer o mais delicioso dos prazeres.

Meu pescoço pendeu para trás e sussurrei o nome de Eva como se eu implorasse por algo, por uma saída, por uma forma de me libertar dessa agonia perversa e avassaladora.

“Goza pra mim”, sua voz disse, enquanto sua vagina se contraía em torno do meu pau.

Sua ordem inesperada me fez sobressaltar, mas também levou meu tesão a níveis alarmantes. O clímax estava no limiar, pronto para me atingir como uma avalanche. No segundo seguinte, eu gozei soltando um rugido tão alto, um som que eu não reconhecia, mas que eu sabia que saia de mim. Jatos intensos jorravam de mim, acertando o interior de Eva. Eu sentia seus beijos em cada pecado de pele que ela conseguia alcançar, sentia seus braços e pernas me envolvendo num aperto de morte, como se ela estivesse me dizendo com seu corpo que ela me amava, e que eu estava seguro. Eu ainda gozava incessantemente quando me deixei cair sobre ela, exalando com força o ar de meus pulmões. 

Naquele momento eu percebi que, mesmo que eu estivesse sempre no controle, Eva ainda me possuía tanto quanto a recíproca era verdadeira. 

Fim do Flashback

O gemido de Eva chama minha atenção para o presente. Ela se mexe um pouco, fazendo o relógio de comprei reluzir sob a luz da janela. Quero muito ver sua reação ao se dar conta de que o espaço anteriormente vazio em seu pulso agora estava preenchido novamente, desta vez, com um presente vindo do coração, e não com uma intenção oculta.

Ela afunda seu rosto no travesseiro, tentando voltar a dormir. Mas eu a quero acordada. Agora. Sem me conter, trilho um caminho de beijos pro suas costas nuas. “Bom dia, meu anjo”.

“Pelo jeito você está feliz da vida”, murmura.

“Sim, mas só por sua causa”.

“Tarado”.

“Eu estava me referindo à sua capacidade de gerenciar crises, mas, claro, o sexo foi sensacional, como sempre”, enfio a mão por baixo do lençol, contorno sua cintura e aperto sua bundinha apetitosa.

Ela ergue a cabeça e me encara. Ainda não percebeu nada de diferente em seu pulso, mas olhos brilham ao ver que estou do seu lado. Meu anjo é tão transparente. Eu nunca me acostumarei com a forma como ela parece feliz sempre quando me tem por perto. 

Eu dormi em meu quarto, claro. Não queria arriscar em ter um pesadelo perto dela novamente, mas fiquei com ela até que pegasse no sono. Fomos dormir por volta das cinco. Acordei as dez e, desde então, estou trabalhando. Mas não quis ir para meu escritório. Eu queria a sua companhia, mesmo que ela estivesse literalmente inconsciente da minha. A presença de Eva me dá forças, me conforta. Não é só o sexo. É só o fato de poder estar no mesmo ambiente que ela, livre de quaisquer pressões externas e empecilhos que constantemente assolam nosso relacionamento.

Ela se vira para olhar no relógio do criado-mudo, e então ela percebe.

“Gideon...” seus olhos estão arregalados, e ela parece não acreditar no que está vendo. Ela está... Feliz. Nitidamente feliz. “É lindo”.

“Existem vinte e cinco como esses no mundo. Não é uma coisa tão singular como você, mas pensando bem nada no mundo seria”, sorrio.

“Eu amei”, ela diz e fica de joelhos. “E amo você”.

Meu peito se aquece com sua declaração. 

Coloco o laptop de lado, deixando minhas coxas livres para ela me montar. Seu abraço transmite toda a emoção e a felicidade que me gesto lhe causou. 

“Obrigada”, murmura com a voz embargada.

“Humm. Me diga o que eu preciso fazer para ganhar um desses abraços sem roupa todos os dias”, pergunto, tentando descontrair. Eu não quero que ela chore. É insuportável vê-la chorar, mesmo que seja de alegria.

“Basta ser você mesmo, garotão”, ela acaricia meu rosto com o seu. “Você é tudo de que eu preciso”.

Eu apenas sorrio e a beijo suavemente.

Ela é tudo o que eu preciso. Ela é meu tudo.



*autora se abanando e morrendo de com esse romantismo ao mesmo tempo*

E então, o que acharam? Ficou bom? Não ficou com aquela sensação de copiar/colar, não né? Fiquei preocupada com isso. Deu pra sentir como foi pra ele? Me contem nos comentários.

Só lembrando que a data do próximo capítulo continua a mesma, ok? Ou seja: dia 01 de setembro, próxima terça, tem mais Gideon pra vocês!

Beijo grande e até lá!

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