sábado, 3 de setembro de 2016

Para Sempre Minha: Capítulo 21 ― Irrevogavelmente (Parte II)

ATENÇÃO: PEÇO, ENCARECIDAMENTE, QUE SEMPRE LEIAM AS NOTAS EM NEGRITO, POIS COLOCO INFORMAÇÕES IMPORTANTES. NÃO RESPONDEREI A NENHUMA PERGUNTA SOBRE O QUE EU JÁ TIVER AVISADO.Oi, pessoal! Boa noite e bem vindos a mais uma sessão da #Gideonterapia!Espero que gostem!Boa leitura!

Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde. Amo-te simplesmente sem problemas nem orgulho: amo-te assim porque não sei amar de outra maneira.
― Pablo Neruda
"Era disso que você precisava?", Eva sorriu jocosamente, logo após assinarmos a certidão de casamento. "De um pedaço de papel?"
"Eu precisava de você, sra. Cross", eu a puxei para perto. "Só isso".
Ela suspirou. "E eu de você, senhor Cross. Sempre".
...
"Eu não queria fazer isso na frente deles", eu disse, quando chegamos perto da cabana.
Ela me olhou com curiosidade. "Fazer o quê?"
Retirei minha mão da base das suas costas e retirei a caixinha de veludo azul do bolso da calça. Estendi a mão e lhe mostrei o que eu segurava.
Seus olhos se arregalaram. "Isso é...".
Abri a caixinha. "Meu pai pediu a mão da minha mãe em casamento com esta aliança".
Seu olhar se volta para mim, marejado. "É tão... linda".
Era uma aliança bem à moda antiga, de ouro branco com um delicado diamante quadrado. Lembro que adorava ver minha mãe mexendo as mãos, porque o anel ficava brilhando com os reflexos da luz. Eu achava que meu pai tinha pegado uma estrela do céu e dado a ela.
"Este anel simboliza minha infância, o amor que meus pais tinham um pelo outro. Simboliza a única parte feliz do meu passado", peguei sua mão direita e beijei delicadamente. "Nada mais apropriado que você o use. Se você quiser", hesitei um pouco.
Ela acenou freneticamente, com o rosto já todo banhado de lágrimas. "Sim. É claro que eu quero. Vai ser uma honra".
Respirando fundo, deslizei a aliança em seu dedo, maravilhado com o quão perfeitamente ela se encaixou em seu dedo. Dei mais um beijo em sua mão, em cima do anel e voltei a encarar minha esposa.
Minha esposa.
Minha. Esposa.
"O encontro perfeito entre a felicidade do meu passado e a felicidade do meu presente", murmurei.
Eva meio que chorou e meio que sorriu antes de se jogar em meus braços. Eu a agarrei automaticamente. Ela distribuiu beijos suaves por todo o meu rosto, enquanto sussurrava o quanto me amava.
Sobrecarregado com todas as emoções, e louco para fazê-la minha, eu a carreguei para dentro da cabana e lhe deitei sobre a espreguiçadeira, ficando por cima de seu corpo. Em silêncio, mas sem perder o contato visual, despimos um ao outro lentamente. O momento era sublime.
Faríamos amor pela primeira vez como marido e mulher.
...
Derramei o resto do champanhe em sua barriga lisa para logo em seguida lamber a poça que se formou ali. Seus quadris se erguem na minha direção.
"Gideon", ela gemeu, completamente extasiada.
Deixando a taça vazia de lado, continuei a percorrer seu corpo até sua entrada latejante e necessitada. Chupei meus dois dedos, deixando-os bem molhados antes de enfiá-los, devagar, em seu canal apertado.
Eu não tinha pressa alguma. Eu queria desfrutar da minha esposa.
Estoquei lentamente, para frente e parar trás, de um lado para o outro, de cima para baixo, em círculos. Com a outra mão, segurei seu ventre para cessar o balanço de seus quadris. Eva abriu ainda mais as pernas e se entregou com abandono.
...
"Isso, meu anjo. Continua mandando a ver com essa boquinha gulosa", eu segurava seus cabelos e controlava seus movimentos.
Eva gemia, deliciada. Seus olhos estavam fechados e sua expressão denunciava o quanto ela estava adorando me dar prazer. Suas mãos seguravam minhas coxas e enquanto sua língua, seus dentes e seus lábios faziam um trabalho de mestre em meu membro. Em uma chupada intensa, jogo a cabeça para trás, sentindo meu orgasmo se aproximando.
...
Após algumas horas de sexo intenso sob o por do sol, nós demos uma pausa. Eva estava sentada de lado em meu colo e nós tomávamos champanhe. Enquanto minha mão segurava uma taça, a outra segurava firmemente a lateral de sua nádega.
"Seus votos quase me mataram, meu anjo", cheirei o seu cabelo. "Meu coração nunca bateu tão forte".
Eva levantou sua cabeça e olhou diretamente em meus olhos. "Eu queria que soubesse o quanto minha vida mudou desde que conheci você. Foi tão mágico. Tão bom. Pela primeira vez que me senti amada".
Acariciei seu rosto suavemente com os dedos. "Você sabe que para mim é mais do que amor".
"Sim. Mas ouvir você dizer que me ama, depois de ter falado todas aquelas coisas para mim... Poxa, garotão, eu parecia uma bagunça chorona no altar", fez um biquinho que fiz questão de beijar.
"Seu amor me transformou, meu anjo" sussurrei em seus lábios. "E continua me transformando todos os dias".
...
"E então, como é que a gente vai explicar tudo isso quando voltar? Essa história de sumirmos do mundo e voltarmos casados?" Eva perguntou.
Estávamos jantando à luz de velas na sala da suíte. Escolhemos frutos do mar, algo apropriado para o clima e ao mesmo tempo substancial, já que não comemos muito durante o dia.
Encolhi os ombros e lambi a manteiga derretida do polegar. "Como você quiser", eu não me importava muito com isso.
Eu já tinha o que queria. O que vier depois disso é lucro.
"Pro Cary eu preciso contar", ela disse depois de arrancar a carne de uma perna de caranguejo. "E acho que o meu pai não vai se incomodar. Eu meio que já mencionei isso uma vez, e você pediu a permissão dele, então está tudo certo. E acho que pro Stanton não vai fazer muita diferença, né?"
"Não mesmo", concordei.
"Só estou preocupada com a minha mãe. As coisas entre nós não andam boas. Acho que ela vai adorar saber que nós casamos", ela fez uma pausa, parecendo incrédula com a ideia de estarmos casados. "mas não quero que ela pense que não foi incluída na cerimônia porque eu estava com raiva dela".
"Então é só dizer pra todo mundo que só ficamos noivos", respondi simplesmente, enquanto pegava uma perna de caranguejo.
"Ela vai surtar se achar que vamos morar juntos antes do casamento", disse mergulhando a carne de caranguejo na manteiga derretida.
"Bom, então é melhor resolver isso o quanto antes", respondi secamente, incomodado com sua mania de por empecilhos em tudo. "Você é a minha mulher, Eva. Se todo mundo sabe disso ou não, não faz diferença, porque eu sei. Quero encontrar você na minha casa todos os dias quando chegar, tomar café da manhã com você ao acordar, ajudar você a fechar o zíper do seu vestido de manhã e a abri-lo à noite".
Nem a pau que por uma opinião antiquada e alheia (mesmo que seja da minha sogra) vai me impedir viver meu casamento na íntegra.
Aproveito o pequeno momento de chateação e meio que desconto na perna de caranguejo, quebrando-a com facilidade.
"Você vai querer usar aliança?", mudou de assunto.
"Claro que vou", respondi imediatamente.
Ela sorriu. Um grande sorriso. O sorriso mais lindo que eu já vi. E eu simplesmente tive que parar o que estava fazendo para olhá-la.
Minha esposa é perfeita pra caralho.
"Que foi?", ela perguntou, finalmente notando meu silêncio. "A minha cara está suja de manteiga?"
Eu me recostei e dei um suspiro. "Você é linda. Eu adoro ficar te olhando".
Seu rosto ficou todo vermelhinho. "Você também não é de se jogar fora", diz, desconcertada.
Foi então que percebi que estava calmo como jamais estive.
"Já está começando a passar", murmurei.
Da mesma forma que veio, seu lindo sorriso sumiu do seu rosto. "O quê? O que está começando a passar?"
"Aquela preocupação... Estou me sentindo mais seguro, você não?" Dou um gole no vinho. "Mais tranquilo. É uma sensação boa. Eu estou gostando. E muito", beijo sua mão.
O movimento faz seu anel de noivado reluzir sob a luz das velas. Como uma estrela.
Uma estrela feita para brilhar nos dedos de um anjo.
Ela olhou para o anel com ternura.
"Você gostou", eu disse.
"Gostei muito" me encarou. "É uma peça única. Queria que a nossa casa fosse assim também".
Meu coração deu um solavanco ao ouvi-la falar nossa casa e, por reflexo, apertei sua mão. "Ah, é?" voltei a comer, tentando agir naturalmente. Por dentro eu estava eufórico.
"Eu entendo a necessidade de dormirmos separados, mas não quero portas e

paredes entre nós".

"Eu também não, mas a segurança precisa vir em primeiro lugar", me chateava muito não poder dormir uma noite inteira com a minha esposa.
"Que tal uma suíte com dois quartos ligados por um banheiro sem portas, só com as passagens e os batentes?", sugeriu. "Assim tecnicamente a gente ia dividir o mesmo espaço".
Pensei por um instante. A ideia era boa. Mas tínhamos muitas coisas para resolver primeiro. Por fim, balanço a cabeça, concordando. "Anota tudo isso e depois a gente contrata um arquiteto pra fazer o projeto. Vamos continuar lá no Upper West Side enquanto a cobertura é reformada. Cary pode ficar com o apartamento anexo e mudar o que quiser por lá enquanto isso".
Ela esfregou seu pé em minha panturrilha como uma forma de agradecimento e voltamos a comer. Era tão estranho falar sobre essas coisas. Parecíamos tão... domésticos.
Eu adorava essa sensação de normalidade entre nós.
"Cadê o Angus?", perguntou.
"Está por aí". Ele merecia uma noite de descanso, afinal fazia tempo que ele não tirava umas férias.
"Raúl também veio?"
"Não. Está em Nova York investigando como a pulseira de Nathan foi parar no lugar onde foi parar".
Eu não poderia simplesmente aceitar que a situação estava resolvida. Então, antes de viajar, me reuni com Raúl e lhe dei ordens de que cavasse fundo, o que significava que ele usaria sua inteligência tática e contato para fazer isso.
"Ah", ela pegou um guardanapo para limpar os dedos. "Algum motivo pra preocupação?"
Fiquei sério. "Alguém resolveu me presentear com um habeas corpus vitalício", lambi o lábio inferior. "Sei que isso vai ter seu preço e, como até agora ninguém me procurou, vou atrás dessa resposta eu mesmo".
"Mas nada garante que vai encontrar", protestou.
"Ah, pode apostar que sim", murmurei ameaçadoramente. "E aí vamos descobrir tudo".
Eu não deixaria nada nem ninguém me manipular. Eu lutei por esta vida, por este relacionamento, e eu não os deixaria escapar por entre meus dedos.
Por baixo da mesa, Eva enlaçou minha perna com as suas, me dando seu apoio silencioso e incondicional.
Após o jantar, aproveitamos o ar quente e úmido para ficar mais um pouco na praia. Estávamos relaxados e saciados. Tudo o que queríamos era curtir um ao outro. A praia privativa nos deu o privilégio do silêncio, e assim era possível ouvir as músicas que tocavam ao longe. E ao som delas dançamos sob o luar, tão abraçados um ao outro quanto era humanamente possível.
Foi mágico. Foi perfeito. Fomos nós.
...
"Eu não acho isso uma boa ideia, meu anjo", eu tentava convencê-la.
"Eu discordo", disse com a cara emburrada. "Gideon, por favor. É nossa noite de núpcias. Não faz o menor sentido nós dormirmos separados".
Meu peito doeu ao ouvir aquilo. Eu odiava essa maldita parassonia, que me impedia de desfrutar de uma noite de sono tranquila ao lado da minha mulher. Mas o simples pensamento de machucá-la de alguma forma, me deixa louco. Eu não suportaria.
"Eu sei que não é justo. Mas, mais injusto seria te machucar", dei voz ao meu medo. "Não posso fazer isso... Eu não...".
"Meu amor", ela chegou perto de mim e segurou meu rosto com as duas mãos. "Eu entendo sua insegurança. De verdade. Mas pensa comigo: você está tomando a medicação com regularidade. Por si só, ela já te garante um sono pesado".
Abri a boca para argumentar que o remédio por si só não era uma garantia, mas ela nem me deixou falar. "Além disso, passamos a noite anterior quase em claro. Sendo assim, eu tenho a mais absoluta das certezas de que você dormirá como um bebê".
Eu queria dormir com ela. Muito. Era nossa noite de núpcias. Era para ser especial, mas...
Soltei um suspiro. "Eva...".
Ela estreita seus olhos para mim. "Eu não vou dormir nessa cama sozinha, garotão. Estou casada e exijo passar minha primeira noite em meu novo estado civil ao lado do meu marido, então, pode ir mexendo esse lindo traseiro até a nossa cama", suas mãos se desprenderam do meu rosto. Uma delas foi para seus quadris e a outra apontava para a suíte principal.
Olhei-a hesitantemente, e ela ergueu a sobrancelha em desafio. "Pode esquecer, meu chapa. Eu posso ficar paradinha aqui a noite toda, mas sem meu marido, eu não fico".
Seu jeito jocoso de falar me fez soltar uma risada. "Você é quem manda, senhora Cross".
Eu a peguei em meus braços de repente, fazendo-a soltar um gritinho de susto e a levei para o quarto.
No fim das contas, meu anjo realmente tinha a mais absoluta das certezas.
Eu dormi como um bebê na nossa primeira noite como um casal casado.
Eu não consigo imaginar um dia em que eu tenha sido tão feliz em toda a minha vida. No momento em que Eva disse sim, tudo se encaixou perfeitamente em meu mundo. O caos que havia dentro de mim se acalmou. A aflição constante em perdê-la não existe mais. Ela é minha, em todos os sentidos. Muitos podem e vão tentar tirá-la de mim, mas não será fácil.
O meu porto seguro estará sempre ali, e poderei sempre recorrer a ele quando as coisas não estiverem bem. Pode parecer fraqueza depender tanto assim de alguém. Eu também pensava dessa forma, vendo como Corinne era (e ainda é) tão apegada a mim. Hoje, minha visão mudou completamente. Amar alguém e ser amado de volta da mesma forma é uma experiência extraordinária. Eva e eu somos nos encaixamos com perfeição, mesmo com ranhuras e defeitos. Ela me aceita apesar da minha alma atormentada e das marcas do meu passado, porque entende exatamente como me sinto, assim como ela própria encontrou em mim alguém com quem ela pudesse estar sem ser julgada ou incompreendida. Nós somos o reflexo um do outro.
Nossos votos não foram tradicionais, e nem poderiam. Nada sobre nós pode ser considerado normal ou tradicional. Apesar de não ser dado a declarações afetuosas na frente de outras pessoas, eu não poderia simplesmente não declarar meu amor por Eva naquele momento. Não quando ela tinha sido tão honesta ao expor seus sentimentos. Além disso, foi o nosso casamento, é claro. Sem nenhum exagero, sem pompa e circunstância, sem alardes nos tabloides. Sem fotógrafos ou câmeras. Todas as promessas que fizemos e todo o amor que declaramos um ao outro, ficaram guardados para sempre conosco.
Também não tivemos nenhuma festa. Apenas uma comemoração rápida, onde cortamos o bolo e brindamos com champanhe. Em seguida, assinamos o livro de registros do reverendo e a certidão de casamento. Sem conseguir me conter, eu tracei lentamente aquele documento com os dedos, olhando-o com verdadeira adoração. Eu tinha me tornado um homem casado. Com a mulher mais incrível e apaixonante do mundo. Quantos poderiam dizer-se felizes em se unir ao amor de sua vida?
Os braços de minha pequena esposa envolvem meu corpo, e eu sinto cada pedaço de sua pele. Seus seios desnudos são pressionados contra as minhas costas e recebo um beijo na nuca.
"Bom dia, garotão", murmura com a voz sonolenta.
Pego uma de suas mãos e beijo suavemente. "Bom dia, meu anjo".
"Dormiu bem?" ela está sorrindo.
"Como um bebê", respondo sorrindo também.
"Hum... Eu queria ter apostado um boquete nisso", diz contemplativa.
"Você pode recebê-lo sem a aposta, meu anjo", sussurro em seu ouvido.
Ela me aperta mais em seus braços. "Ideia interessante e excitante, garotão. Vamos manter isso em mente. Agora eu quero saber no que você tanto pensa".
Suspiro. "Em como ontem foi o dia mais importante e mais feliz de toda a minha vida. Foi... espetacular".
"Foi transcendental", me dá outro beijo na nuca. "E agora eu sou uma mulher casada".
"Sim, você é. E eu sou um homem casado. Muito bem casado".
Sem se desgrudar de mim, ela dá a volta e para em minha frente. Seus cabelos estão uma bagunça, suas bochechas estão coradas e seu rosto ainda inchado e amarrotado pelo sono.
E mesmo assim, não há nenhum ser nesse mundo mais lindo do que ela nesse momento.
"Agora é oficial. Pertencemos um ao outro, de todas as formas", eu a abraço e beijo sua testa.
Ela deita a cabeça em meu peito. "Eu gosto disso. Gosto de ser sua a ponto de levar seu sobrenome. Aliás, estou amando esse novo nome. Eva Cross".
Coloco meu queixo no topo de sua cabeça e faço uma carícia em seus cabelos. "Fico feliz que tenha gostado, pois não tem mais como mudar", digo em tom de brincadeira.
Ela dá uma risadinha. "Você poderia adotar meu sobrenome também".
"Qual deles? São tantos que nem sei por qual me decidir".
Eva ergue a cabeça e põe a língua pra fora. "Se você ficar implicando com isso, vou atender por sra. Tramell Reyes Cross".
Jogo a cabeça para trás e dou uma gargalhada. "Eu ia adorar ver a cara das pessoas ao falar tantos sobrenomes. Eu aposto que eles vão ou escolher o último nome, ou vão te pedir pra escolher por qual deles quer ser chamada. E você vai escolher Cross, é claro".
"Eu esqueci em como você é bom em apostas", suspiro. "Convencido".
"É a verdade".
"Gideon Reyes fica lindo em você" sorri de lado.
"Acho que ainda prefiro meu sobrenome".
Ela ri de novo. "Eu também. Caramba, até seu nome e sobrenome são sensuais. Eu nem achava que isso podia ser possível".
Dou uma piscadela. "Então você me acha sensual".
Ela se afasta um pouco e passa suas unhas levemente pelo meu peitoral. "Demais para o seu próprio bem, senhor Cross. Mas a melhor parte disso, é que você é todinho meu".
Me inclino para frente e nossos narizes ficam encostados. "Pode apostar que sim. E você, senhora Cross, pode continuar desfrutando de seu marido, com acesso irrestrito", e lhe dou um beijo feroz, enfiando bem a minha língua nas profundezas de sua boca.
Nossas línguas se envolvem em uma dança lenta e ardente. Sinto meu corpo inteiro se arrepiando com seus toques assim como o dela sob os meus dedos. E, por mais que eu adore essa sensação, eu tenho outros planos para nós hoje.
Como passamos o restante do dia de ontem imersos em nós mesmos (o que foi maravilhoso), quero que Eva tenha a oportunidade de conhecer o lugar e explorar algumas atividades de lazer fornecidas pelo hotel. Por isso, a ideia, é sair um pouco do nosso mundo e explorar outras possibilidades.
Aos poucos vou parando o beijo, dando selinhos em seus lábios. Estamos ambos ofegantes.
"Então", eu respiro fundo. "Que tal fazermos alguma coisa diferente hoje? Podemos visitar uma linda cachoeira que fica aqui perto, sair para velejar no catamarã do hotel ou descer um rio de bote. O que acha?"
Ela pensa um pouco antes de responder. "Eu adoraria fazer qualquer uma dessas coisas, numa próxima vez".
Franzo o cenho. "Mas você não quer conhecer nada?"
"Não", sorri. "Hoje, eu só quero passar um dia de preguiça com meu marido".
"Tem certeza?"
"Sim. Por favor?"
Eu desisto. Como posso negar alguma coisa pra essa mulher quando ela implora?
Dou de ombros. "Está bem".
Ela sorri ainda mais.
E assim passamos o domingo: de bobeira. Nadamos sem roupa na piscina, passeamos de mãos dadas pela praia, tiramos cochilos quando ficamos com vontade, nos esparramamos na espreguiçadeira da cabana, apenas observando o balanço suave das ondas.
Foi bom. Nem eu notei que precisava de um dia tranquilo assim.
A noite foi chegando e com ela o fim de nossos dias no paraíso. Desde que começamos a nos arrumar, Eva bem que tentou, mas não conseguiu disfarçar a melancolia. Ela não queria ir. Eu também não.
Mas temos vidas e pessoas no mundo real que não podemos ignorar.
Quando saímos do hotel, já era mais de meia-noite. Durante nosso trajeto para o aeroclube, eu lhe disse que teríamos muitos fins de semana pela frente.
"Eu sou egoísta. Quero você só pra mim", respondeu.
Ela não é a única.
Entramos no jatinho. As roupas que comprei para nosso fim de semana já estão a bordo, o que faz Eva sorrir. Eu sou o tipo de homem que não deixa nada nas mãos do acaso.
Eva ela vai direto para nosso quarto enquanto eu troco algumas palavras com um dos atendentes. Em seguida, sigo pelo corredor. Ao entrar no quarto, vejo que meu anjo está no banheiro. Vou até ela e lhe dou um beijo no ombro. "Vamos dormir, meu anjo. Temos um dia inteiro de trabalho pela frente".
"Pelo jeito você tinha certeza absoluta de que eu ia dizer sim", fala apontando para a etiqueta acoplada ao seu estojo de cosméticos.
Sim, eu mandei gravar seu nome de casada nele. Ela é Eva Cross. Simples assim.
"Na verdade o plano era manter você como refém até concordar em casar comigo", explico.
A forma como ela me olha dá a entender que sabe que estou falando sério. "Quanta honra."
"Você é uma mulher casada", dou um tapa na sua bunda. "Agora anda logo, sra. Cross".
Eu a aguardo já deitado em nossa cama, não sem antes tomar o remédio. Em minutos, ela se junta a mim. Eu a envolvo em meus braços e a puxo para mais perto, enfiando meu rosto na curva de seu pescoço.
"Bons sonhos, amor", ela sussurra enlaçando meus braços com os seus.
Sorrio com a boca colada em sua pele sensível, me sentindo como o menino alegre que fui no passado.
"Os meus sonhos já viraram realidade".
Eu me casei com a mulher dos meus sonhos, na praia. E ela está usando o anel de casamento dos meus pais.
O que mais eu poderia querer?
<<<>>>
Como eu já esperava, meu dia começou agitado. Havia trabalho demais acumulado em minha mesa. Trabalhos que deixei de lado com todo o prazer e os quais pus em dia com um enorme sorriso (quando ninguém estava por perto, claro). Scott me cumprimentou assim que cheguei e, quando entramos em meu escritório para repassar os compromissos, ele me deu os parabéns pelo casamento. Eu podia ver, apesar de sua máscara de profissionalismo, que ele realmente ficou feliz por mim. Eva o havia conquistado.
Meu dia terminaria tarde também. Foi marcada uma teleconferência com representantes da filial japonesa das Indústrias Cross. Pelo fuso horário, eles estariam em horário de expediente, então eu teria que ficar até depois das sete.
Mas não teve nenhuma tarefa, nenhum documento lido, nenhuma reunião da qual participei, que me ocupou o suficiente para deixar de pensar em minha bela esposa. Ela ocupa cada pedaço da minha mente e do meu coração. Assim como nosso fim de semana. Quando pisei no Crossfire, tudo parecia diferente. Eram o mesmo lugar, as mesmas pessoas, a mesma atmosfera. A diferença estava em mim. Eu era quem destoava daquele lugar tão cercado de normalidade.
Eu queria que minha esposa soubesse que eu estava pensando nela. Queria deixá-la ainda mais feliz. Então, escrevi um bilhete e pedi a Scott para deixar junto com a correspondência interna.
MINHA ESPOSINHA LINDA E GOSTOSA,
PENSO EM VOCÊ O TEMPO TODO.
SEMPRE SEU,
CROSS
Eu tinha entrado em reunião por quase uma hora e, quando voltei, havia um único envelope em minha mesa. A resposta que recebi quinze minutos depois, me deixou de pau duro.
Moreno Perigoso,
Estou enlouquecida de amor por você.
Da sua escrava,
Sra. Cross
Minha escrava. Hum... Eu gosto disso. Muito.
Resolvi responder seu bilhete. Queria deixá-la tão excitada e animada quanto ela me deixou.
NÃO CONSIGO PENSAR EM NADA MELHOR
DO QUE TER VOCÊ COMO ESCRAVA, SRA. CROSS.
E VOCÊ TAMBÉM VAI ADORAR.
SEMPRE SEU,
CROSS
Pelo celular, percebi que eram meio-dia e quinze. Se eu quisesse chegar à tempo de meu próximo compromisso. Também vi que Angus tinha me enviado uma mensagem: Eva tinha saído para almoçar com Cary. Enviei-lhe outra, pedindo para que se preparasse, pois iríamos sair.
Eu tive uma reunião de negócios com dois representantes da Starbucks. Eles queriam alugar um de meus imóveis em Long Island, que também está sendo sondado por mais duas empresas, também do ramo alimentício. A razão para tanta disputa é que é um imóvel antigo, porém restaurando, elegante e localizado em uma das áreas mais valorizadas da região central do Brooklyn.
Na volta, me reuni com Raúl, que trouxe algumas informações. Ficamos fechados no meu escritório, e dei a Scott ordens expressas para não ser interrompido.
Meu motorista secundário, que também é segurança, sabia do que eu tinha feito. Os contatos dele na inteligência americana, na polícia e na marinha, bem como sua extensa ficha de operações bem sucedidas na equipe de elite SEALs* foram suficientes para torná-lo um de meus homens de confiança. Do tipo que faz qualquer serviço com precisão, excelência e sem questionamentos.
"E então?"
"Nathan não estava envolvido com a máfia em si, mas sim com um membro dela: Andrei Yedemsky".
O homem que foi encontrado morto com a pulseira de Nathan no braço. Ele era um membro da máfia russa, que além de contrabandista de armas e bebidas, era suspeito de tráfico de mulheres. Quando li a ficha que Raúl tinha me mandado, meu estômago se revirou. Se Eva tivesse caído nas mãos de gente assim...
"Ainda não descobri como eles se conheceram, pois Yedemsky estava marcado para morrer e, portanto, era muito discreto", continuou. "Ao que parece, a intenção de Nathan era sequestrar a senhora Cross e tentar enrolar os Stanton até que Andrei a comprasse. Ele pegaria o dinheiro e sumiria no mundo" trinco meu maxilar, tentando conter o ódio que ameaçava tomar conta de mim. "No entanto, ao descobrir quem ela realmente era, e sua conexão com o senhor, a ideia foi abortada. Segundo meu contato infiltrado, Nathan explicou a Yedemsky que os Stanton fariam tudo o que eles quisessem para mantê-la viva. E, como a senhora Cross, até então, não era conhecida pela imprensa, o anonimato seria ideal para despistar qualquer tipo de exposição".
"Se os Stanton não abrissem o bico, a imprensa não ficaria sabendo", eu disse.
"Mas o tiro de Barker saiu pela culatra quando Yedemsky descobriu que ela era sua namorada. O senhor é uma pessoa pública. A mídia não parava de falar do relacionamento de vocês. Sequestrar alguém tão famoso significaria uma ampla busca por todo o mundo. Fotos dela seriam espalhadas, a ligação dela com Barker seria exposta e, consequentemente, a dele com Yedemsky. Ele não quis se arriscar e cancelou o acordo. Mas Nathan não aceitou e ainda mudou o plano: sequestraria a senhora Cross e a manteria em cativeiro para extorquir os Stanton. Quando tivesse dinheiro o suficiente, arrumaria um jeito de desaparecer. Com ela".
Meu corpo fica todo tenso. Maldito.
"Quando a polícia investigasse Nathan pelo sequestro, descobririam a ligação dele com Yedemsky, que seria apontado como possível cúmplice. Ele seria caçado pelo mundo inteiro".
"E seu disfarce seria arruinado, já que ele seria exposto a inimigos que queriam sua cabeça" completou Raúl. Eliminar Barker seria a solução de todos esses possíveis problemas. Eis a motivação do crime".
Fecho meus olhos em fendas. "A polícia já sabe desses detalhes?"
"Sim. Eles devem arquivar o caso, já que Yedemsky está morto e seria tanto impossível quanto inútil prender seu assassino".
Me remexi em meu assento, incomodado com um pensamento que passei dias remoendo. "Então, a mesma pessoa que colocou a pulseira no pulso de Yedemsky é a mesma quem o entregou ao comparsa?"
"Eu não tenho a menor dúvida", respondeu imediatamente.
"E temos alguma pista de quem foi?"
"Não, nenhuma. Mas continuarei procurando. Vou informá-lo se souber de alguma novidade".
"Certo", dei um aceno de cabeça, encerrando o assunto.
"Com licença", ele se levantou para sair, mas parou no meio do caminho. "Senhor Cross?"
"Sim?"
"Eu não faço a menor ideia de quem pode ter feito isso. Mas, quem quer que seja, despendeu um longo tempo para planejar algo assim".
Franzi o cenho. "E o que isso significa?"
"Que essa pessoa já sabia dos seus planos, ou ao menos desconfiava", um frio correu pela minha espinha. Eu sabia exatamente o que aquilo significava.
Eu estava sendo espionado.
<<<>>>
Passei o resto do dia com aquele assunto me remoendo. O acúmulo de trabalho serviu para me distrair, mas não totalmente. Eu não conseguia entender o interesse que essa pessoa teria em me proteger. Angus foi o primeiro a quem descartei, principalmente depois que ele afirmou que não fez isso nem enviou ninguém para fazê-lo, uma vez que ele não tinha a menor ideia do que eu vinha planejando. Clancy sabia que Nathan estava rondando Eva e poderia muito bem ter me espionado todo esse tempo. Eu não ficaria surpreso. No entanto, ele esteve com Stanton todo o tempo na noite do crime, em um evento do outro lado da cidade. Portanto, seu álibi é sólido.
Fora esses dois, quem mais poderia ser?
E quando eu achava que as coisas não poderiam piorar, eis que Angus me manda uma mensagem, às cinco da tarde, avisando que Eva saiu para se encontrar com Giroux na adega em frente ao Crossfire. O que aquele imbecil queria com a minha mulher? Tentei me controlar para não descer lá e tirar satisfações com ele e arrancar ela de lá. Mas eu não podia. Eu tinha certeza que ela concordou de livre e espontânea vontade com esse encontro, mais por curiosidade do que por qualquer outra coisa. E eu confiava nela para resolver a situação sozinha. Ela sabia bem lidar com o gênio rígido e grosseiro de Giroux. E ele não seria louco de tentar nada, muito menos tinha razão para isso. Respirando fundo, mandei outra mensagem para Angus, instruindo-o a ficar do lado de fora da adega, esperando por Eva. Ele me respondeu dizendo que já estava lá.
É claro que estava.
Agora, já são quase sete horas e estou preso em um telefonema com Margareth, chefe da equipe de marketing. Estamos trabalhando em um esquema de divulgação para uma casa de shows que pretendemos abrir em Los Angeles. E, por mais que eu esteja totalmente concentrado no que está sendo dito e no que eu digo, minha cabeça está a mil. Eva, Giroux, Raúl e Nathan estão fazendo minha mente trabalhar em horas extras.
Por reflexo, olho para frente e dou de cara com meu anjo, parada atrás das portas de vidro, me encarando com um olhar ardente e admirado. A nuvem negra que pairou sobre minha cabeça durante a tarde se dissipa assim que a vejo.
Aperto o botão na mesa parar abrir as portas e escurecer os vidros. Eva entra e as fecha atrás de si.
"Eu vou viajar amanhã para Los Angeles a fim de me reunir com a equipe", Margareth fala do outro lado da linha. "Quanto antes começarmos, mais cedo encerraremos o cronograma de divulgação".
"Concordo. Faça isso e depois me dê o retorno", tiro o headphone, e o jogo sobre a mesa, me voltando totalmente para minha bela esposa.
"Que surpresa agradável, meu anjo. Como foi sua conversa com Giroux?"
Ela encolhe os ombros. "Como você sabia que eu estava com ele?"
Abro um meio-sorriso.
Meu anjo, você esqueceu quem é o seu marido e como ele é?
"Ainda vai demorar pra sair?", pergunta.
"Tenho uma teleconferência com o pessoal da filial japonesa daqui a meia hora, e depois disso já posso ir. Podemos sair pra jantar em algum lugar".
"Vamos comprar alguma coisa pra viagem e comer com Cary. Ele vai ser pai".
Ergo as sobrancelhas de surpresa. "Como é?"
"Bom, existe a possibilidade de ele vir a ser pai", suspira. "Ele está preocupadíssimo, e quero estar lá pra oferecer o meu apoio. Além disso, ele precisa começar a se acostumar com a sua presença de novo".
Eu apenas a olho, deixando claro que concordo com seus planos. Eva é muito ligada à seu amigo e é normal que esteja se sentindo afetada por seus problemas. Que não são pequenos, a propósito. Filho é coisa séria, e Cary não tem maturidade, nem equilíbrio nenhum para educar uma criança. Mas eu não vou dizer isso em voz alta.
"Você também está preocupada. Vem cá", saio trás da mesa e abro os braços. "Vem me dar um abraço".
Ela deixa sua bolsa cair no chão, tira os sapatos com os pés e vem até mim.
Eu abraço e dou um beijo carinhoso em sua testa. "A gente dá um jeito nisso", murmuro. "Não se preocupa".
"Eu te amo, Gideon", suas palavras me inebriam e eu a aperto com mais força ainda.
Eva se inclina para trás e me encara. "Tenho uma coisa pra você".
"Hã?" ainda estou meio zonzo por sua declaração.
Ela dá um passo para trás, pega minha mão esquerda, enfia um anel em meu dedo, torcendo-o um pouco para que passasse pela última articulação e a solta em seguida. Olho fixamente para meu dedo, completamente paralisado.
Eva acaba de colocar uma aliança em meu dedo. 
Ela é de platina, bem parecida com a que uso na mão direita, com ranhuras. A única diferença entre elas, na verdade, é que esta aliança é adornada com rubis. É uma peça chamativa, porém moderna, elegante e tem tudo a ver comigo. Meu anjo tomou a iniciativa e o cuidado de comprar algo que represente nossa união, que fosse tão especial quanto a nossa relação. Isso fica evidente pelos rubis. O vermelho vivo e radiante das pedras me hipnotiza. Ela pensou em mim, em nós.
Como não me sentir maravilhado com isso?
"Você não gostou", sua voz soa com uma pontada de decepção.
Respiro fundo e viro a mão para conferir o outro lado do anel, que é  idêntico. Eu quero dizer algo, mas há um bolo enorme em minha garganta.
"É demais", fala baixinho, com tristeza.
Ah, anjo.
"Tudo que fazemos juntos é sempre demais", digo com a voz rouca pela emoção.
Minhas mãos vão imediatamente para cada lado de seu rosto e a beijo, derramando todo o meu ser, toda a minha alma.
Eva tenta agarrar meus pulsos, mas antes que ela consiga, eu a levanto pela cintura e a carrego até o sofá. O mesmo sofá em que eu a ataquei quando ela esteve em meu escritório pela primeira vez.
"Você não tem tempo pra isso agora", diz ofegante.
Eu a sento na beirada do sofá. "Vai ser rapidinho".
Embora eu quisesse muito mais do que isso. Mas não dá, assim como não consigo evitar não retribuir todo o amor e carinho que ela acaba de demonstrar, sem fazer o que sei de melhor.
Enfio a mão por baixo de sua saia, ponho sua calcinha de lado, afasto suas pernas e baixo minha cabeça, traçando sua abertura com uma longa lambida, dando uma atenção especial ao seu clitóris com movimentos rápidos. Arfante, ela empurra seus quadris em minha direção, completamente entregue ao prazer. Em poucos minutos, Eva chega ao clímax gemendo meu nome, mas não estou pronto para parar ainda. Sem lhe dar tempo de se recuperar, eu a penetro com a língua, sentindo seus tecidos inchados e sensíveis se comprimirem ao redor dela. Começo a fazer movimentos circulares, o que a faz expelir mais de sua excitação almiscarada.
Sem parar as estocadas, abro a braguilha da calça e liberto minha ereção, que só fez crescer à medida que eu a provava. Ao ver meu membro de fora, Eva arqueia o corpo todo em minha direção, como se dependesse disso pra viver.
Seguro a base do meu pai e esfrego a ponta em seus grandes lábios, espalhando seu orgasmo por sua entrada e lambuzando meu próprio sexo com ele.
"Quero você bem submissa", digo com seriedade. "Fica de costas e abre as
pernas o máximo que puder. Quero meter bem fundo".

Eva solta um gemido antes de se posicionar na lateral do sofá e se debruçar sobre o braço do móvel, levantando sua saia e empinando a bunda.
Delícia.
Com um movimento rápido de quadril, eu a penetro, sentindo cada sentimento de seu canal se alargar para me receber.
"Eva", meu membro está todo dentro dela.
Ela resfolega e agarra com força o tecido estofado. Eu me inclino sobre seu corpo e cravo os dentes na lateral do seu pescoço, deixando ali minha marca.
Minha. Só minha.
Solto um gemido ao sentir seu sexo inchar ao meu redor e a beijo com vontade, fazendo com que minha barba, que já começa a despontar, roce deliberadamente sua pele sensível.
"Você é tão gostosa", minha voz sai rouca. "Eu adoro comer você".
"Gideon", geme em resposta.
"Me dá as suas mãos", ela o faz sem questionar.
Envolvo seus pulsos com os dedos e, com cuidado, coloco suas mãos sobre a base de sua coluna. Eu a quero totalmente entregue e indefesa ante minhas carícias. Ela tomou posse de mim no momento em que pôs a aliança em meu dedo. Agora, eu preciso tomar posse dela.
Começo a estocar com força e incessantemente, usando seus braços para puxá-la para trás e impulsionar seus quadris a se encontrar com os movimentos dos meus. A cada arremetida, meu saco colide com seu clitóris, intensificando a estimulação. Tudo o que se ouve no andar vazio são meus gemidos e seus gritos de êxtase. Estamos descontrolados. Completamente compenetrados um no outro, no nosso prazer, no nosso mundo.
Sinto como se estivesse saindo do meu próprio corpo. É sempre assim quando estou dentro dela. São sensações fortes, impossíveis de ser contidas. Minha pulsação acelera e meus tímpanos pulsam. Estremeço e solto um palavrão ao sentir meu pau inchado e minhas bolas se contraindo.
"Eva... Nossa. Eu te amo", sem conseguir mais me segurar, explodo em um orgasmo intenso, soltando um quente e espesso jorro de sêmen dentro dela.
O corpo dela convulsiona embaixo de mim, mas não goza. Solto seus punhos e acaricio seu clitóris pulsante e vermelho com um dedo. Eva grita novamente, chegando ao clímax enlouquecidamente, encharcando meu pau com seu néctar, me ordenhando com a contração de seus tecidos. Eu não paro de estocar, prolongando nosso prazer. Colo meus lábios ao seu rosto, ainda gemendo pelos constantes jorros de gozo que saem de mim, inundando seu interior.
Aos poucos a intensidade do clímax vai passando. Estamos muito ofegantes, e nossos corpos colados um ao outro.
Eva olha para mim, engolindo com dificuldade. "Pelo jeito você gostou da aliança", diz quase sem fôlego.
E eu solto uma risada. Alta e longa.
Eu amo minha esposa. 
<<<>>>
Chegamos ao apartamento de Eva por volta das nove e meia. Fazia tempo que eu não saía do Crossfire tão tarde. Desta vez, não foi somente o trabalho que manteve por lá por mais tempo, e sim as explorações que fiz no corpo de minha esposa no sofá do meu escritório. Durante a teleconferência com os representantes japoneses, fiquei pensando em todas as formas que eu gostaria de possuir Eva naquele móvel.
E concretizei todas elas assim que encerrei meu compromisso.
Quando chegamos ao apartamento de Eva, tomamos um banho repleto de carícias quentes antes de vestir roupas mais leves, pedimos uma pizza, que demorou meia-hora para chegar, e nos sentamos no chão da sala, para assistir a um dos filmes favoritos dela: Marcados para Morrer. É engraçado vê-la mexendo a boca, recitando silenciosamente cada fala do filme, numa sincronia perfeita com os personagens.
"Quantas vezes você viu esse filme?" perguntei.
Sem tirar seus olhos da tela, Eva mordeu um pedaço de sua pizza antes de me responder. "Trinta e oito vezes contando com esta".
Balancei a cabeça. Meu anjo é um caso perdido nessa área. Eu já me imagino na nossa casa, sendo obrigado a fazer essas maratonas malucas de longas e séries de ação. Não dá pra reclamar. Tudo o que fazemos juntos é fantástico. E o que faz ela feliz, também me faz feliz. Eu não tenho escolha.
No entanto, nossa harmonia foi quebrada pela chegada de Cary e sua acompanhante que, segundo Eva, é a mãe do bebê. Pelo seu porte e beleza comercial, deu pra notar que é uma modelo. E daquelas que fareja dinheiro, status e problema.
Eu só pude lamentar por essa criança. Tem pessoas que simplesmente não deveriam ter filhos.
A loira alta de cabelos cumpridos veio até nós e torceu o nariz para nossa pizza. Mas ao levantar os olhos para mim... Sua expressão grosseira de desgosto se dissolveu em um sorriso. Daqueles bem típicos de mulheres interesseiras e vigaristas.
Eu já vi e conheci muitas para saber.
A postura anteriormente relaxada de Eva tencionou na hora, mas ela respirou fundo, para tentar não deixar seu temperamento ciumento explodir. E ali, eu vi que tinha que tomar as rédeas da situação.
"Oi, Cary", cumprimentei e passei o braço pelos ombros de Eva antes de afundar meu rosto em seu pescoço. Eu queria acalmá-la e deixar claro para a Senhorita Pernas Longas, e para o meu anjo, que não havia interesse algum da minha parte.
Ele me cumprimentou de volta e perguntou o que estávamos vendo.
"Marcados para morrer", Eva respondeu. "Um filmaço. Querem ver com a gente?"
"Claro", Cary concorda, enquanto sua acompanhante nem tenta disfarçar seu desagrado.
Os dois se sentaram no sofá, e eu empurrei a caixa de pizza na direção deles, dizendo que eles poderiam ficar a vontade para comer, se quisessem. Cary se inclinou para pegar um pedaço e a garota reclamou por ter que mudar de posição. Ficou nítido que ela não gosta de Eva e que queria manter ela e Cary afastados, sendo um pé no saco de propósito. Eu apenas não tirei as mãos do meu anjo, como uma forma de apoiá-la.
Não passou muito tempo e a loira começou a reclamar que as tomadas de câmera na mão do filme a estão enjoando. Várias vezes. Ela reclamou da mesma coisa várias vezes, até que Cary finalmente se rendeu e a levou para o quarto dele. Um truque típico e vulgar. Mas eficiente.
Eva ficou visivelmente decepcionada. Ela é o tipo de pessoa que não se irrita facilmente ou tem antipatia gratuita pelos outros. Sei que ela queria muito se dar bem com a mãe do suposto filho de Cary, porque se ele for mesmo o pai, elas terão que conviver. Em um determinado momento, ouvimos a risada feminina e espalhafatosa dela, o que fez seus ombros endurecerem sob meu braço.
"Relaxa", murmurei puxando-a para junto do meu peito. "No fim todo
mundo acaba se entendendo. É só dar tempo ao tempo".

Eva segurou minha mão esquerda, a que está sobre seu ombro e começou a brincar com minha aliança de casamento com os dedos. Essa é era sua forma de agradecer. Eu a respondi com um beijo suave na testa e voltamos a prestar atenção no filme. Era quase meia-noite quando fui para o apartamento ao lado. Não seria apropriado dormir com Eva, apesar de Cary saber de quase tudo, afinal, para ele, eu estava indo para casa, do outro lado da cidade, e não na porta vizinha.
Agora, aqui estou, batendo na porta de Eva, já pronto para o trabalho, apesar de estar cedo para sairmos. Quando eu disse que queria fechar seu vestido de manhã e abri-lo à noite, durante todos os dias da minha vida, eu estava falando muito sério.
A porta se abre e uma Eva, sorridente, corada e um pouco descabelada aparece em meu campo de visão.
E que visão.
"Bom dia, garotão", ela pula em meu pescoço e me dá um beijo estalado na boca.
Eu a aperto em meus braços e retribuo o beijo. "Bom dia, meu anjo. Você parece bem feliz em me ver".
Ela tomba sua cabeça de lado. "Bem, você é lindo, gostoso, bom de cama, bom de papo, faz um café maravilhoso e além de tudo, é todo meu. Como eu poderia não ficar feliz em te ver?"
Eu dou risada. "Não se esqueça de que sou bilionário também".
Ela se desgruda de mim e balança uma das mãos como um sinal de desdém. "Mero detalhe. O que eu quero saber mesmo...", fecha a porta atrás de mim antes de se virar de costas, "é se você vai fechar meu vestido", o tom de sua voz diminui para um sussurro. "Eu deixei o zíper aberto só pra você, senhor Cross", ela inclina o corpo levemente para trás e me lança um olhar ardente.
Minha boca seca ao mesmo tempo em que meu pau endurece.
Puta que pariu.
Ela se vira novamente, ficando completamente de costas. O zíper vai até a base de sua coluna, parando estrategicamente a poucos centímetros da curva de seu traseiro tentador. Sua pele está mais bronzeada que o normal, cortesia de nosso fim de semana no Caribe, e há um belo vislumbre do fecho de seu sutiã preto de renda, que eu agora identifico com uma das peças que comprei para nossa viagem.
Minha esposa é sexy pra caralho.
Sem hesitar, fico bem atrás dela, e puxo o zíper lentamente, dando beijos suaves em cada pedaço de pele que vai sendo coberto pelo pano conforme o zíper vai se fechando. Quando chego ao final, um pouco abaixo de sua nuca, dou um beijo mais intenso na pele exposta, por cima de alguns fios de cabelos que se desprenderam de seu coque. Ela estremece sob meus lábios.
"Você garotão, sabe fechar um vestido como ninguém", ela inclina a cabeça para me dar mais acesso ao seu pescoço.
"Você precisa ver como sou bom em abrir um", sussurra entre beijos, enquanto aperto seus quadris, com uma mão de cada lado.
Ela geme. "Eu mal posso esperar pra ver isso".
Dou um último beijo antes de largá-la. "Mais tarde, meu anjo".
"Você é mal, senhor Cross", Eva se vira para mim com um biquinho. "Vai ter que me fazer um café maravilhoso para me compensar".
"E eu vou", dou-lhe um beijo na testa. "Porque você não aproveita para terminar de se arrumar enquanto eu providencio alguma vitamina C pra nós dois?"
"Eu não demoro", ela se estica para me dar um último beijo antes de desaparecer pelo corredor.
Vou para a cozinha, já com a excitação mais controlada, e começo a preparar duas canecas fumegantes de café. Quando termino de preparar a de Eva, eis que a tal Tatiana aparece na cozinha, completamente nua. Sua barriga ainda está lisa, não denunciando nenhuma gravidez. Se me alterar, me recosto na bancada e tomo meu café. Como se estivesse em sua casa, ela vai até a geladeira e a abre, tirando de lá duas garrafinhas de água.
Não tenho certeza, mas acho que Tatiana se vira para me encarar, mas minha mente está em Eva e em como ela ficará fula da vida se ver a vir desse jeito. Não é como se fosse grande coisa pra mim. Já vi muitos corpos como o dela, e até melhores, para me deixar impressionar. Ainda mais tendo uma esposa tão gostosa, farta, cheia de curvas. Hum, estou ficando com uma vontade de chupar...
"Me desculpa, mas seria bom você usar alguma roupa quando for andar pelo meu apartamento", som da voz de Eva me acorda do torpor.
Só então me dou conta de que a garota saiu e que as duas se trombaram no corredor.
"O apartamento não é só seu", a outra responde.
"Não brinca comigo,Tatiana", Eva ameaça com num tom calmo. Muito calmo para seu padrões.
"Ou então?"
"Você vai se dar mal".
E então o silêncio. Dura um tempo, mais não muito. "Ele vai preferir ficar comigo".
"Se isso acontecer, vai ser contrariando a própria vontade, e você vai sofrer as
consequências do mesmo jeito", meu anjo rebate. "Pense bem nisso".

Ouço uma porta se abrindo e, em seguida, a voz de Cary "Que porra é essa, Tati?"
"Acho que ela está querendo um robe de presente, Cary", Eva diz, irônica.
Sei que ela está controlando seu temperamento com Tatiana por conta da gravidez. Em outra situação, ou elas teriam discutido feio, ou saído no tapa.
Eva entra na sala e, quando me vê, ficar ainda mais aborrecida. "Gostou do showzinho?"
Encolho os ombros. "Não vi nada de mais."
"Você gosta de mulheres altas e magras", ela estende a mão para pegar a caneca com o café que lhe fiz, mas eu a seguro com minha mão esquerda, para que ela veja a aliança. Os rubis reluzem sob as luzes da cozinha.
"Da última vez que eu vi, minha esposa era pequenininha e cheia de curvas. Totalmente irresistível".
Eva fecha os olhos e aperta o maxilar, tentando controlar seu acesso de ciúmes. "Sabe por que escolhi essa aliança pra você?"
"Porque o vermelho é a nossa cor", digo baixinho. "O vestido vermelho na
limusine. Os sapatos de salto vermelhos da festa no jardim. A rosa vermelha no
seu cabelo quando a gente casou".

Seu corpo relaxa imediatamente e ela se vira para me abraçar.
"Humm", eu gemo, puxando-a para mais perto, sentindo cada curva de seu corpo se encaixar perfeitamente ao meu. "Você é uma delícia, meu anjo".
É realmente uma pena a gente não poder transar agora.
Eva sacode a cabeça, ainda chateada. Eu não quero que ela fique assim. Eu podei vê-la infeliz.
Passo o nariz pelo seu rosto e sussurro. "Eu te amo".
"Gideon", meu anjo joga a joga a cabeça para trás, me oferecendo sua boca, a qual eu beijo com prazer.
Quando termino, ela parece meio tonta, e me aproveito disso para mudar de assunto.
"Tenho consulta com o dr. Petersen hoje à noite. Quando terminar eu ligo pra combinar o que vamos fazer no jantar".
"Certo", ela diz mais animada e eu sorrio de volta.
"Quer que eu marque uma consulta pra nós dois na quinta?"
"Na quinta que vem por favor", responde mais contida. "Não queria mais
faltar na terapia, mas minha mãe quer que Cary e eu a acompanhemos em um
evento beneficente na quinta. Ela até já me comprou um vestido e tudo. Tenho
medo que ela encare como uma afronta pessoal se eu não for".

"Eu posso ir com você", sugiro.
"Sério?" seus olhos se arregalam.
"Sério. Acho que já está na hora de sermos vistos em público de novo. E anunciar nosso noivado".
Ela passa a língua pelos lábios. "Vou poder abusar de você na limusine?"
"Do jeito que você quiser, meu anjo".
E, para o bem da minha sanidade, espero que seu vestido não seja vermelho, caso contrário, ele será reduzido retalhos.
<<<>>>
Depois de um dia agitado no trabalho, vou direto para o consultório do doutor Petersen. Logo no início da sessão, aviso que Eva e eu voltaremos a fazer a terapia de casal na próxima semana.
"Isso é ótimo, Gideon", ele parece genuinamente feliz com isso. "Será no mesmo dia e no mesmo horário?"
"Sim, eu liguei mais cedo e já deixei marcado".
"Excelente", ele se ajeita no sofá e pega o tablet na mesinha ao lado de sua poltrona. "E então, como foi a sua semana?"
"Maravilhosa. Eu e Eva nos casamos", sou direto.
Acho que sou direto demais, no entanto, porque o doutor para e olha para mim de boca aberta por alguns segundos antes de balançar a cabeça e voltar ao normal. "Desculpe, você disse que se casou com Eva?"
"Sim", confirmo.
"Quando?" ele está perplexo.
"No último fim de semana", então conto sobre nossa cerimônia secreta no Caribe, de nossa intenção de anunciar apenas o noivado para o público, e fazer uma segunda cerimônia, desta vez incluindo amigos e famíla.
"Nossa", diz depois que termino meu relato. "Isso foi bem... Inesperado. Bom, meus parabéns aos noivos".
"Obrigado", aceno com a cabeça, sorrindo satisfeito.
Então, o Dr. passa o resto da sessão discutindo a importância da terapia de casal, sem deixar de dizer, implicitamente, que nosso casamento havia sido precipitado.
"Gostaria de falar sobre mais alguma coisa, Gideon?" ele pergunta. Faltam quinze minutos para a sessão acabar. "Talvez sobre seus sonhos".
Tenciono na hora. "Não. Ainda não quero falar sobre isso e, se não for pedir muito, gostaria de encerrar por aqui. Não quero estragar meu dia. Hoje, eu só vim aqui compartilhar o que me faz feliz".
"Está certo", dá de ombros. "Deixemos isso de lado. Vá para casa e aproveite o momento com sua esposa".
Suas palavras me fazem sorrir. "Pode deixar".
Nos despedimos e, na saída do consultório, recebo a ligação de um de meus advogados, confirmando a suspeita de Raúl: o caso do assassinato de Nathan foi arquivado. Se por um lado, isso me conforta, por outro, me preocupa, pois não faço a menor ideia de quem livrou minha cara.
Aproveito e descarrego toda a frustração por esse fato em meu treino de MMA. Eu precisava recuperar o tempo que fiquei parado. Quando terminamos, já são mais de oito da noite. Eva já está em casa, provavelmente tomando um banho de banheira. Tomo uma ducha, troco de roupa e vou para o apartamento de Eva.
Uma pena. Chego quando ela já está saindo do banho.
"Oi, garotão" ela sorri.
"Olá, minha esposa", vou até ela, abro a toalha e baixo a cabeça até a altura de seu peito, sugando seu rosado mamilo avidamente, continuamente, até ele enrijecer.
Que gosto, meus amigos. Que gosto.
Eu me endireito e olhos para seu bico pontudo e ainda mais vermelho. "Nossa, como você é gostosa".
Eva fica na ponta dos pés e dá um beijo em meu queixo. "Como foram as coisas
agora à noite?"

Abro um sorriso malicioso. "O dr. Petersen deu os parabéns pra gente, e depois ficou falando sobre a importância da terapia de casais".
"Ele acha que a gente casou cedo demais".
Solto uma risada. "Por ele a gente não devia nem transar, Eva".
Ela franze o nariz, se cobre novamente com a toalha e começa a pentear seus cabelos molhados.
Eu quero fazer isso. Eu quero tocá-la.
"Pode deixar", falo, pegando o pente e lhe sentando na borda da banheira.
Enquanto penteio seus cabelos, Eva me conta que encontrou a detetive Graves na aula de krav maga e sobre o que conversaram.
"Meus advogados me disseram que o caso foi arquivado", eu digo quando ela termina de falar.
"E o que você acha disso?"
"Você está a salvo. É isso o que importa", digo, num toma claro de que esse assunto está encerrado. Eu não quero preocupa-la desnecessariamente.
Sinto meu celular vibrando no bolso da calça, o que me deixa puto. Eu só quero aproveitar a noite com meu anjo. É pedir muito?
"Trouxe um brinquedinho novo pra mim, garotão?" Eva provoca.
"Eu devia ter desligado essa porcaria", resmungo, pegando o celular.
Olho para a tela e fico surpreso ao ver o nome de minha mãe.
"Cross", digo curto e grosso.
"Gideon!" a voz aflita de Elizabeth ressoa do outro lado da linha. "Corinne está internada. Ela sofreu uma overdose medicamentosa".
Fico paralisado ao ouvir isso. Não.
Não pode ser.
"Quando?" pergunto.
"Agora à noite. O estado dela é grave".
"Onde?"
Ela me diz o nome do hospital. O mesmo em que Cary ficou internado.
"Sei. Estou indo", desligo o telefone e passo as mãos pelos cabelos, completamente nervoso e angustiado.
Não.
Eva fica de pé na minha frente. "O que foi?"
"Corinne está no hospital. A minha mãe disse que o caso é grave".
Não.
"Eu me visto rapidinho. O que aconteceu?"
Eu finalmente a encaro, percebendo que meus medos se tornarão reais a partir do momento em que eu falar.
"Comprimidos", falo com a voz embargada. "Ela tomou um monte de
comprimidos".

Não.
Sim.
Eu estava prestes a perder mais uma pessoa para o suicídio.

Eita, que esse casal não tem paz um segundo mesmo, viu? Caramba! 
Mal aproveitaram o status de recém-casados e já vem tiro, porrada e bomba! Quê isso, garota! 
Espero que tenham gostado das mudanças! Por favor me digam se melhorou o capítulo! 
Eu simplesmente adorei ver o Gideon tão vulnerável no início. Queria que o sentimento que ele tem em relação ao anel ficasse explícito. Vocês gostaram de ver esse lado dele? 
E o Raúl, minha gente? O cara é um perigo e foi fundo nas investigações. 
Eu resolvi por essa conversa porque ele passou o fim de semana investigando e eu queria explicar melhor como o crime foi resolvido. Espero que tenha ficado claro. 
E a aliança?! Aff, deixa eu ir que tô emotiva. 
Beijo grande e até semana que vem para mais uma sessão da #Gideonterapia! 

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